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Dia dos Pais

Papel do pai mudou dentro da família

No passado, o papel hierárquico do pai dentro da família era única e exclusivamente prover o sustento do lar. Tido como uma figura mais rígida e distante, restava à mãe o papel de estar presente no dia a dia dos filhos e acompanhar as rotinas cotidianas da família.

No entanto, com o passar dos anos e com as mudanças da sociedade moderna, novos modelos de constituição familiar foram surgindo e as tarefas do casal passaram por uma reorganização. Essa é a constatação da psicóloga Ursula Parisotto, em artigo publicado no https://psicoaqui.com.br/.

Para ela, esses fatores atrelados a um o movimento de independência financeira das mulheres, desencadearam uma redistribuição das tarefas do lar. Uma vez que a figura feminina passou a compor a renda do casal, as tarefas do lar como a educação e a participação no dia a dia dos filhos também passaram a ser atribuídas ao pai.

Nessa nova formação familiar estabelecida, ocorre naturalmente uma maior aproximação do pai com os filhos, o que acaba sendo uma experiência riquíssima que engrandece e solidifica a relação, contribuindo imensamente para a constituição do sujeito como um todo.

Pode-se dizer que a primeira grande tarefa que o pai pode desempenhar é a de proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para a existência da dupla mãe e bebê, propiciando momentos de tranquilidade e descanso para todos, principalmente para que a mãe possa sentir-se assistida. É estar presente, sem neste momento inicial ser o personagem principal e tolerar isso.

O pai deixa de ser coadjuvante quando começa a trazer a dupla para a realidade, mostrando o interdito, que existe um outro, ajudando mãe e filho a sair da relação simbiótica inicial e aos poucos ir reivindicando o seu lugar.

Isso, será fundante no psiquismo do bebê, para ele entender qual é o seu lugar no mundo, o ajudar a lidar com a angústia da solidão, fazendo com que sinta-se acompanhado mesmo quando está sozinho.

Por que ao mesmo tempo que joga a criança para fora dessa relação dual, o pai mostra-se forte e firme, ou seja, uma figura forte com a qual pode se identificar e confiar.

Para transmitir essa confiança para os filhos, o pai, ou a pessoa que desempenha essa função, tem que poder ter confiança em como ele mesmo desempenha esse papel.

Dúvidas e inseguranças fazem parte, no entanto, o sentimento de segurança deve ser predominante. Estar em harmonia com a mãe ou com a pessoa que ajuda a desempenhar a função de criar um filho é uma maneira de apartar as angústias inerentes a esse papel.

Ensinar pelo exemplo 

Para a psicóloga Ursula Parisotto, ser pai é dar exemplo, é transmitir segurança, é estar ali na hora do choro. É muitas vezes ser duro sem ser rígido para ensinar que limites existem e que são necessários e estruturantes.

É introduzir a lei, é mostrar através de exemplos o que é certo e o que é errado. É ir à escola do filho, é assistir o jogo de futebol ou a aula de balé, é rolar no chão, é ser o vilão mais perigoso ou o príncipe que salva a princesa no castelo. É estudar, é ir à escola, é se fazer presente mesmo não estando junto o tempo todo.

E não existe receita para que tudo isso funcione, o importante é usar o bom senso e extrair de si o que se tem de melhor, até por que, cada um é de um jeito e a individualidade de cada um é muito importante.

 Fonte: https://psicoaqui.com.br/

Atribuições começam antes do nascimento do filho

Quando vamos comemorar o Dia dos Pais, é sempre bom lembrar a função  fundamental que todo pai teve e tem no desenvolvimento de seu filho ou filha, desde seu nascimento, ou até mesmo antes dele. É o que explica artigo publicado no site pastoraldacriança.org.br, como título “O papel do pai no desenvolvimento da criança.”

Bem pequeno, o bebê precisa muito da mãe para sobreviver, pois ela tem que continuar sua função de mãe, que já começou no ventre, dando alimento, calor, proteção, cuidados e amor ao bebê.

Mas e o pai? Ele também, desde a gestação, atendendo e compreendendo as necessidades da sua mulher gestante, está contribuindo para o desenvolvimento do bebê.

Quando o bebê nasce, o pai não vai poder amamentá-lo, mas pode estreitar mais sua relação com o bebê dando calor, proteção, cuidados e amor a ele. Nisso, está também auxiliando a mãe a se recompor para dar o alimento e a atenção que o bebê solicita.

Mas o pai tem outra função muito importante, que é ajudar a mãe a dar “asas” ao filho, ou seja, atender às necessidades do bebê e da criança na medida, sem super proteger.

Muitas de nós, mulheres, temos o instinto de “chocadeira”, protegendo nossos filhotes até mais do que eles necessitam e assim, pelo excesso de amor ou por insegurança, não favorecemos a construção da segurança e autonomia de nossos filhos e filhas.

Ter autonomia significa saber pensar, escolher, decidir, fazer as coisas por conta própria, pois não podemos depender de mãe e pai a vida toda, nem os pais querem isso.

Como, mais ou menos, disse o médico e psicanalista Francisco Daudt, em um artigo do jornal Folha de São Paulo: “(...) no melhor dos mundos, as funções de mãe, no atendimento às necessidades do bebê, iriam diminuindo, na medida em que as capacidades do bebê, da criança, fossem aumentando, apoiadas pela função do pai que vai mostrando – filho que aprende a andar, não precisa de colo, filha que já consegue segurar o garfo não precisa receber alimento na boca – entre outros exemplos de ‘dar asas’ aos filhos, o que geralmente os pais fazem melhor que as mães”. 

Foto: Canva

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