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Acidente registrado em agosto de 2023, em Águas Mornas, deixou um morto e três gravemente feridos
Corpo de Bombeiros/Divulgação
As obras de duplicação da BR-282, entre Lages e Palhoça, ainda devem demorar alguns anos, apesar da conclusão do Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTEA). Mas os projetos, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), estão em andamento e este é o momento para os municípios incluírem sugestões.
O gerente do Dnit, Alisson Andrade, está convocando a comunidade e autoridades, dos municípios cortados pela rodovia, para discutir pontos que queiram incluir nesse projeto. Em Lages, nenhuma entidade ainda motivou essa discussão.
Em Campos Novos, no dia 6 deste mês, uma reunião aconteceu na Câmara de Vereadores, quando foi discutida a inclusão de obras de engenharia no projeto, a exemplo de viaduto, obra de interseção e outra que a comunidade considera essencial em termos de mobilidade a longo prazo.
O Folha da Serra questionou algumas entidades à respeito. A Associação Empresarial de Lages (Acil), se manifestou em nota assinada pelo seu presidente, Antonio Wiggers.
“A duplicação da BR-282 é uma pauta de importância estratégica para o desenvolvimento regional. No entanto, é preciso destacar que, até o momento, os projetos referentes ao trecho entre Lages e a BR-101 ainda não foram contratados.
A Acil acompanha atentamente cada etapa desse processo. Mantemos diálogo constante com lideranças políticas e entidades representativas, reforçando a urgência e o comprometimento necessários para a viabilização dessa obra fundamental.
É essencial que o mesmo empenho observado no trecho Oeste da BR-282 também seja direcionado ao trecho Leste, assegurando que Lages não fique à margem das melhorias estruturais que impulsionam a economia de Santa Catarina.”
O que pode ocorrer
Quando um projeto rodoviário não é amplamente analisado localmente, obras importantes podem ficar fora. Em Lages, como exemplo podemos citar a duplicação da BR-282 no trecho urbano, quando não foram previstas as construções de passarelas para permitir a travessia segura por parte dos pedestres.
Vários atropelamentos foram registrados na região. A busca pela solução remontou o período em que Carmen Zanotto, atual prefeita do município, exercia o mandato de suplente de deputada federal.
Em maio de 2014, aconteceu uma audiência pública na Acil com a bancada de parlamentares catarinenses, Ministério Público Federal, Fórum de entidades, associações de moradores e o presidente do Dnit-SC.
Depois de muitas reuniões entre 2014 e 2015, Carmen Zanotto conseguiu a aprovação do Dnit e também o aporte de recursos junto ao Ministério da Defesa (R$ 5,7 milhões). A última passarela foi concluída em 2023. É este tipo de problema que a discussão prévia do projeto pode evitar.
Terceiras faixas
Enquanto a duplicação não sai, existem pedidos para a implantação de terceiras faixas nos pontos mais críticos da BR-282, entre Lages e Palhoça, alternativa mais barata e rápida de ser executada, comparada à duplicação.
O objetivo é evitar acidentes que ocorrem geralmente por ultrapassagens forçadas. O problema é tão sério que o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, entrou em contato com o Governo Federal solicitando autorização para que o Estado implante as faixas suplementares com recursos próprios.
Para Carmen Zanotto, prefeita de Lages, o volume de acidentes é tão grande que torna a BR-282 uma das rodovias mais perigosas do estado. “São muitos acidentes frontais com óbitos. Eu, enquanto deputada federal, aportei recursos para o orçamento deste ano prevendo melhorias na rodovia, mas a iniciativa do governador, caso haja o acolhimento do Governo Federal, vai nos ajudar muito.”
Carmen comenta que atualmente a BR-282 não dá garantia de fluxo, a pessoa nunca sabe quanto tempo irá demorar para realizar o trajeto entre Lages e Palhoça. As terceiras faixas ou a duplicação melhorariam a logística e uma boa logística atrai investimentos. “Lages possui uma boa localização geográfica, mas carece de rodovias adequadas com essa realidade.”
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