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Festival de Dança de Joinville

Bailarina de Lages aprova quatro coreografias

  • Karen iniciou na dança aos 8 anos e desde 2002 atua como professora

Professora, bailarina, coreógrafa e produtora cultural, Karen Kriss aprovou quatro coreografias para o Festival de Dança de Joinville, que será realizado de 21 de julho a 2 de agosto deste ano.

Atuando como professora de ballet desde 2002, ela explica como a dança mudou sua vida, os benefícios que a modalidade proporciona e a experiência de estudar ao lado de Ana Botafogo, ícone da dança nacional.  

Folha da Serra_ Você é professora, bailarina, coreógrafa e produtora cultural. Como e quando despertou para a dança?

Karen Kriss_ Iniciei na dança, mais especificamente no ballet, aos 8 anos de idade. E foi amor à primeira vista! Desde o primeiro contato, senti que aquele era o meu lugar. Com o apoio da minha família e muita dedicação, fui me aprofundando, estudando e descobrindo que a dança seria mais do que uma paixão — seria meu caminho de vida. Aos poucos, aquilo que começou como um encantamento infantil se transformou em profissão, missão e forma de expressão.

Como a dança mudou a sua vida?

A dança me deu direção, propósito e me ensinou a ouvir meu corpo e minhas emoções. Ela me proporcionou autoconhecimento, disciplina e sensibilidade para olhar o mundo com mais empatia. Além disso, abriu caminhos profissionais e me permitiu construir uma trajetória conectada à arte e à educação. A dança me transforma todos os dias — não só como artista, mas como pessoa.

Em relação aos seus prêmios e experiências, você se sente realizada?

Sinto muito orgulho do caminho que venho construindo. Cada prêmio, cada projeto e cada apresentação são conquistas importantes, mas o que mais me realiza são as experiências vividas e as conexões criadas com as pessoas através da dança. Ao mesmo tempo, acredito que a realização é um processo contínuo — estou sempre aprendendo, buscando crescer e abrir novos caminhos.

Um exemplo disso é que, neste ano, tivemos uma grande conquista: pela primeira vez, aprovamos quatro coreografias para o Festival de Dança de Joinville — o maior festival de dança do mundo. Vamos apresentar três solos femininos e um conjunto de jazz, e isso representa muito pra gente. O festival é uma vitrine de altíssimo nível, que reúne bailarinos e escolas do Brasil inteiro e de vários países. Estar lá é uma oportunidade única de troca, aprendizado e reconhecimento do trabalho que fazemos com tanto carinho e dedicação.

Como foi estudar com a Ana Botafogo?

Foi uma experiência muito especial. A Ana é uma grande referência, não só pela técnica incrível, mas pela forma generosa e apaixonada com que compartilha tudo o que sabe. Estar perto dela foi muito inspirador e me fez ter ainda mais certeza do quanto a dança é um caminho de expressão, sensibilidade e transformação.

Hoje, tenho a alegria de dizer que minha escola é licenciada pela Âmbar + Ana Botafogo — um reconhecimento que só um grupo seleto de escolas no Brasil tem. Esse licenciamento trouxe uma nova etapa na minha trajetória: uma mentoria completa que tem feito toda a diferença. Por isso estive em São Paulo participando de uma formação com a própria Ana, além da Érica Mendes e do Juliano Fonseca, e continuo sendo acompanhada por eles e por toda a equipe. É uma troca muito rica, que fortalece nosso trabalho no dia a dia.

Além disso, tive a oportunidade incrível de subir ao palco e compartilhar minha experiência com todos, o que foi muito especial e enriquecedor. Essa troca fortalece ainda mais nosso trabalho no dia a dia.

Além dos benefícios à saúde, a dança contribui para a formação do caráter da pessoa? A torna mais responsável e disciplinada?

Com certeza. A dança ensina sobre limites, persistência, escuta e respeito — tanto pelo próprio corpo quanto pelo outro. Em sala de aula, trabalhamos valores como cooperação, comprometimento, empatia e autoestima. A prática regular traz estrutura, responsabilidade e foco, e isso se reflete em várias áreas da vida.

Acredito na dança enquanto educação, no seu potencial como agente transformador. Ela não é apenas uma atividade física ou artística — é uma linguagem que toca o emocional, o social e o cognitivo. A dança ajuda a formar seres humanos mais sensíveis, conscientes e conectados com o mundo ao seu redor.

Quais são as orientações para os pais que estão em dúvida se inserem ou não seus filhos na dança?

A dança é uma ferramenta poderosa no desenvolvimento das crianças. Ela estimula a criatividade, a coordenação motora, a expressão emocional e a socialização. Mais do que aprender passos, a criança se descobre, se fortalece e se diverte — tudo isso dentro de um espaço lúdico, afetivo e educativo.

Meu conselho é: permitam essa experiência. Observem com carinho o que a dança desperta nos pequenos. E mais do que isso, escolham uma escola que trabalhe com respeito, amor e qualidade técnica, porque dança é coisa séria. Ela tem o poder de marcar positivamente toda a formação da criança.


Legenda: Karen iniciou na dança aos 8 anos e desde 2002 atua como professora

Foto: Bailarina 2

Legenda: Karen ao lado de Ana Botafogo, exibindo a licença da Âmbar + Ana Botafogo

Créditos: Divulgação


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