Procuradora-Geral de Justiça, Vanessa Wendhausen Cavallazzi, destaca descentralização das ações, investimentos em tecnologia e foco em resultados efetivos para a sociedade catarinense

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) está percorrendo 11 regiões do estado para ouvir promotores de justiça e identificar as principais demandas locais.

Na quarta-feira (17), os trabalhos aconteceram na sede do MPSC em Lages, com a presença de 26 promotores vindos de Lages, Anita Garibaldi, Santa Cecília, Curitibanos, Bom Retiro, Correia Pinto, Campo Belo do Sul, São Joaquim, Urubici e Otacilio Costa.

A iniciativa faz parte do programa Prioriza, que tem como objetivo adaptar a atuação da instituição às realidades específicas de cada região e entregar resultados efetivos à comunidade.

Segundo a procuradora-geral de Justiça, Vanessa Wendhausen Cavallazzi, o projeto promove uma atuação descentralizada, voltada para as diferenças regionais. “Mesmo que os problemas sejam semelhantes, suas características variam de região para região. Por isso, precisamos de políticas públicas diferentes para alcançar resultados consistentes”, explicou.

A procuradora também abordou o combate ao crime organizado. Vanessa Cavallazzi destacou a intensificação das atividades do GAECO, com investimentos em tecnologia para rastrear lavagem de dinheiro, inclusive em criptomoedas, e a capacitação de policiais e promotores em novas metodologias de investigação. “Não basta combater facções no território físico, é preciso também sufocar financeiramente essas organizações”, ressaltou.

Outro ponto destacado foi o crescimento dos crimes cibernéticos. O Ministério Público, por meio do CyberGAECO, já conduz operações contra golpes virtuais, como fraudes praticadas contra idosos, por exemplo.

A instituição está ampliando a articulação com a Polícia Civil e a Polícia Científica para maior integração no combate a crimes digitais, fortalecendo a investigação de estelionatos e ataques on-line.

Com o Prioriza, o MPSC pretende estabelecer um ciclo anual: definição de prioridades regionais, execução de projetos e prestação de contas à comunidade. “Voltaremos às regiões para mostrar os resultados alcançados. Nosso objetivo é ir além da proposta de ações: queremos entregar mudanças reais para a população”, concluiu a procuradora-geral.