Alguns questionamentos e falta de respostas
As entrevistas coletivas realizadas pela equipe da prefeita parecem que estão cada vez mais controladas, de forma a não dar abertura para maiores questionamentos. Dos contatos feitos com sua equipe, as respostas, quando vêm, são bem tardias e travadas. Parece haver uma preocupação em blindar a prefeita, para evitar que seja colocada em saia justa diante de alguns problemas que surgiram nesta primeira fase de sua administração. Dentre as muitas perguntas a serem feitas, podemos citar a questão da decisão do Ministério Público que levou ao despacho de uma liminar exigindo a demissão de algumas nomeações realizadas recentemente, em especial no setor de controladoria do município. São os cargos de diretor de auditoria, diretor de corregedoria, diretor de ouvidoria, gerente de corregedoria, gerente de transparência e acesso à informação e assessor de gestão de atos de pessoal. Se têm como função o controle das ações da primeira mandatária, não podem ser exercidos por alguém nomeado por ela. Tem de ter autonomia suficiente para fazer uma análise isenta. Tais cargos têm de ser ocupados por servidores de carreira, não sujeitos à pressão de quem os nomeou. Assim entende o Ministério Público. Deverá ocorrer a demissão de todos eles. A prefeita Carmen se apressou a dar explicações quando do episódio envolvendo o vice, mas nada fez quando veio a público que um dos nomeados, assessor de Gestão da Agricultura, Leandro do Nascimento (ex-vereador Leandro do Amendoim), estava frequentando a faculdade em pleno expediente. Há quem diga que não é ilegal. Coube ao chefe de gabinete, quando questionado, dizer que estava sendo aberta uma sindicância para apurar o caso. Mas só silêncio por parte da prefeita que, ao assumir, prometeu rigidez e cobrança da equipe, exigindo o máximo de trabalho de todos. Não sabemos ainda o resultado da sindicância mas, apesar disso, é necessário ressaltar que acendeu o alerta aos demais nomeados. Creio que alguns devem ter avaliado seu próprio desempenho. Em função disso ou não, houve a primeira dissidência da equipe do primeiro escalão. A primeira substituição no secretariado, do diretor presidente da Semasa não conta, tendo em vista os acontecimentos, e houve apenas um remanejamento. Estamos nos referindo, agora, ao presidente do LagesPrevi, Dilmar Monarim, que pediu sua substituição “por questões de tempo e flexibilidade de horários”. E como entrou na prefeitura pela quota do PSDB, ao sair, deixou o substituto. “Fiz uma indicação técnica (sua cunhada, Laís Vieira Paim) que atende os requisitos e também o desejo da prefeita de aumentar a participação feminina no primeiro escalão”, explicou.
“Por acaso, participei de três gestões diferentes como secretário, porque como presidente de partido fizemos parte daquela coligação que acabou vencendo. Se observar todas, com afinco e representação importante. Gosto de gestão pública e acho que não adianta só reclamar e sim ser atuante (como o sistema é político, melhor forma através de um partido), para um dia, quem sabe, ser candidato com qualidade, experiência, conhecimento e possibilidade de entrega. Precisa se preparar, é isso que estou fazendo: buscar ajudar e se preparar, pelo menos para a vida, além de que, com isso, você acaba conhecendo pessoas, fazendo amizades e aprendendo a respeitar as que não concordam com você. Essa, talvez seja, a melhor recompensa.”
Ex-presidente do LagesPrevi, Dilmar Monarim, ao explicar a respeito de sua decisão de deixar a função.
Como se nada tivesse acontecido!
Na madrugada de domingo, o vice-prefeito, Jair Júnior, foi visto desfilando de carro conversível pela Avenida Presidente Vargas. Um conversível importado que deve estar pagando com o salário que tá recebendo como vice, causando revolta aos que acompanham os episódios que o cercam. E como se nada tivesse acontecido, também compareceu, no domingo, na prefeitura para despachar. “Feriado, mas, como sempre, com algumas demandas no gabinete. Tenho recebido e respondido muitas mensagens, em especial sobre a Festa do Pinhão. Vamos confiar e aguardar a programação oficial para avaliar,” explicou Jair.

Foto divulgada por Jair quando esteve em seu gabinete, no domingo de Páscoa
Berlanda no comando da bancada da Serra
Na semana passada, os quatro deputados da Serra: Mário Motta (PSD), Nilso Berlanda (PL), Marcius Machado (PL) e Lucas Neves (Podemos), anunciaram a transferência da coordenação do grupo do deputado Mário Motta para o deputado Nilso Berlanda. Berlanda, que assume a coordenação em definitivo a partir de maio, destacou que uma de suas primeiras ações será se reunir com os prefeitos dos 23 municípios que integram a área de atuação da bancada. "Vamos seguir unidos em prol das ações que visam melhorar a nossa região, que tem os menores IDHs do estado e precisa dessa atenção", disse ele.

Os deputados serranos estiveram com o presidente da Alesc, Julio Garcia, e anunciaram a mudança na bancada
Prioridades
Os quatro deputados da bancada da Serra - Mário Motta (PSD), Nilso Berlanda (PL), Marcius Machado (PL) e Lucas Neves (Podemos) -estiveram reunidos com o presidente da Assembleia, Júlio Garcia. Cada deputado pode apresentar duas prioridades para a região. Entre as ações elencadas pelo novo coordenador, estão a pavimentação de 11 quilômetros da via que liga o campus da UFSC, em Curitibanos, ao município de São Cristóvão do Sul; além de investimentos em infraestrutura e em hospitais da região, como a reativação da maternidade do hospital de Santa Cecília.
Se antecipou!
O Podemos encaminhou, na semana passada, um pedido à executiva nacional para a expulsão do vice-prefeito, Jair Júnior do partido, em função da denúncia feita pelo Ministério Público no dia 22, tornando-o réu no processo de agressão à ex-namorada. Por que recorreu à Executiva Nacional? Porque o partido só dispõe de uma comissão provisória em SC. Tão logo tomou conhecimento, Jair encaminhou ofício ao Podemos de SC anunciando seu desligamento da sigla.
Dinheiro na conta
A prefeita Carmen Zanotto informou que há dinheiro de emendas já aportados na conta da prefeitura há mais de 3 anos. São recursos destinados que nunca foram aplicados. Isso é algo inexplicável, pois o difícil é conseguir recursos. Os recursos dessas emendas vinham, mas a administração passada não tocava as obras, não conseguiu fazer as licitações necessárias. Contou algo curioso com respeito ao Ceim Girassol, que funciona de forma improvisada no salão da Igreja São Cristóvão, na Cidade Alta. Já haviam recursos disponíveis para a construção desta unidade, num espaço próximo. Ocorre que também foi aprovada uma verba para a construção da capela Mortuária ao lado deste Ceim. Uma escola ao lado de uma capela mortuária. Vejam Só! Isso sem contar que implantada a capela, o restante do terreno não é suficiente (pequeno) para encaixar o projeto do Ceim.
Mercado Público não é o espaço ideal
Entendo que o Mercado Público está longe de ser aquele espaço ideal para receber os turistas ou ser o ponto de encontro do lageano. Para começar, a acústica é horrível. O som se propaga de forma que dói nos ouvidos e você acaba nem ouvindo a música e nem consegue também conversar. Até as mesas parecem te expulsar do local. O chão irregular faz com que as mesas fiquem em falso, a ponto de você nem conseguir se apoiar nelas. Para uma cidade com temperaturas baixas, e que no inverno é seu ponto alto da temporada turística, indicar o Mercado Público para este turista e mandar ele passar frio. O local não é aconchegante. Canaliza vento em todos os lados. Em dias muito frios é impossível permanecer lá por muito tempo. Mesmo no verão é desagradável. Para uma local frio e que chama o turista tendo isso como mote, precisa oferecer um local quentinho, aconchegante, pelo menos com uma lareira, fogo de chão... seja lá o que for que o aqueça.
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