<
logo RCN

Berneck deve iniciar produção efetiva no mês de abril

  • Rodrigo Lima / divulgação

Os testes em equipamentos vazios já começaram. Na próxima etapa, as máquinas serão testadas individualmente, mas com materiais e, no mês de abril de 2022, a empresa Berneck deve iniciar a sua produção efetiva. Instalada às margens da rodovia BR-116, em Lages, bem próximo da divisa com Capão Alto, a unidade terá capacidade para produzir 500 mil metros cúbicos (m³) de MDF e 450 mil m³ de madeira serrada de pinus seca em estufas por ano e já nasce como um dos maiores empreendimentos em número de empregados e em geração de riquezas do município.

A unidade de Lages representa um incremento de 40% na capacidade produtiva da empresa, que mantém instalações também em Curitibanos, Brasnorte (MT) e em Araucária (PR). Inicialmente, ainda em 2018, a previsão era de que, ao final deste ano, a empresa iniciasse a produção em Lages, mesmo que em fase de testes. A pandemia impôs duas paralisações nos trabalhos e empurrou os testes para o primeiro trimestre de 2022.

Assim que a empresa garantiu o investimento para Lages, ainda em 2018, a Secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico orientou para que as pessoas buscassem os cursos oferecidos pelo Banco do Emprego, no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Senai e Senac, já que a intenção da Berneck era a de priorizar a mão de obra local.

Até agora foram preenchidas 150 das 600 vagas diretas previstas. "As pessoas contratadas já estão em treinamento na unidade de Curitibanos. Como a planta de Lages só vai iniciar a produção em 2022, os demais cargos serão preenchidos nos primeiros meses do próximo ano. Não teria motivo deles contratarem essas pessoas agora," avalia o secretário de Desenvolvimento Econômico, Álvaro Mondadori.


Área supera 100 mil metros quadrados

Na primeira etapa da obra, a movimentação de terra, entre corte e aterro, chegou a 1,8 milhão de metros cúbicos, ou seja, foram 130 mil cargas de caminhão. O material de escavação ficou no próprio local, mas dá uma dimensão da obra, que chama a atenção de quem passa pela BR-116.

Para a construção da planta industrial, o município de Lages cedeu o terreno com área total de quase 100 hectares. Destes, 25,71 hectares serão utilizados para implantação das instalações da fábrica na primeira fase de construção, Etapa 1. Todas as instalações necessárias para obra serão na referida área, incluindo o canteiro de obras, jazidas e subestação de energia.

Futuramente, a empresa projeta expandir a Unidade Fabril de Lages com a instalação de uma segunda linha de MDF, Etapa 2, o que aumentará para 55,64 hectares a área ocupada pela fábrica.

O terreno cedido pela prefeitura conta com aproximadamente 99 mil metros quadrados, localizado na Fazenda Cruz de Malta, às margens da BR-116. Houve ainda uma compra direta, entre a empresa e a família Schroeder, proprietária de parte do terreno, equivalente a oito mil metros quadrados, completando a área necessária para a implantação da fábrica.


500 caminhões por dia

Quando estiver funcionando a pleno, entre a entrada de matérias-primas e insumos e saídas de produtos acabados, a planta da Berneck de Lages deve movimentar cerca de 500 caminhões por dia.

Desta forma, não há como a empresa operar sem um trevo de acesso que garanta a segurança para quem acessa à empresa ou simplesmente esteja passando na BR-116. Assim, duas medidas foram solicitadas ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. A primeira foi o prolongamento da duplicação da rodovia entre Lages e o canteiro de obras e a segunda a instalação de um trevo ou rotatória de acesso.

O acesso deve ser construído no início de 2022, mas a duplicação não tem garantia de data. É que pelo projeto, a Autopista Planalto Sul (Arteris) vai duplicar vários trechos entre Lages e Curitiba. O objetivo é facilitar as ultrapassagens, ampliando a segurança. Inicialmente, os cerca de 30 quilômetros entre Correia Pinto e Lages seriam duplicados. Agora, o projeto foi acrescido de mais nove quilômetros garantindo a duplicação até o local onde a Berneck está instalada.


Confira a entrevista com Daniel Berneck, diretor Industrial

Folha da Serra_ Mesmo em fase de testes, a Berneck já iniciou a produção de chapas em sua planta de Lages?

Daniel Berneck_ A Berneck vai começar a produção na planta, em sua totalidade (serraria e MDF), já no primeiro trimestre de 2022. Porém iniciará primeiramente com testes em vazio individual por equipamento, depois teste geral em vazio. Em seguida, com testes com material individual por equipamento e, posteriormente, com teste geral com material. A produção efetiva iniciará em abril.

Qual é a fase atual da obra?

Já iniciamos os testes em diversos equipamentos. Neste momento, estamos na fase de acabamento e ligações elétricas.

Qual é o cronograma para 2022?

Iniciaremos a produção vendável no primeiro semestre de 2022, com capacidade para produzir 500 mil metros cúbicos de MDF e 450 mil de madeira serrada de Pinus seca em estufas por ano. Um incremento de 40% na nossa capacidade produtiva.

Esse é um passo muito importante na nossa expansão e fortalecimento das nossas atividades. O futuro é promissor e estamos muito otimistas com esse grande passo.

A empresa já conseguiu contratar todos os colaboradores ou terá que buscar mão de obra em outras regiões?

A maioria das nossas contratações está sendo de profissionais da região. Já estamos com cerca de 150 colaboradores contratados, mas ainda há muitas vagas em aberto.

A nova fábrica vai gerar 600 empregos diretos. A maioria é de cargos operacionais para atender à fábrica e às áreas de apoio. Dentro da indústria, teremos posições na produção, como encarregados e operadores de máquinas, operadores de produção e auxiliares.

Para as equipes de manutenção teremos desde cargos de supervisão até os demais cargos de carreira técnica, que vão de diversos níveis de mecânico a mecânico especializado e de eletricista a técnico de automação. Isso certamente vai mudar, para melhor, a economia local, fomentando diversos setores.


O investimento ficará em torno de R$ 1 bi?

Por conta da pandemia a obra foi fechada durante dois períodos. A situação mundial também afetou a cadeia de suprimento global. O resultado foi um impacto no cronograma e no investimento, que será de R$ 1,6 bilhão.

Enfim, é Natal. E o que você fez? Anterior

Enfim, é Natal. E o que você fez?

Pinhão precoce: alternativa de renda para a Serra Catarinense Próximo

Pinhão precoce: alternativa de renda para a Serra Catarinense

Deixe seu comentário