O pedido de liberdade, feito pela defesa do prefeito de Lages, Antônio Ceron (PSD), foi negado pela 5ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), na manhã de quinta-feira (29). Ele foi preso no dia 2 de fevereiro, durante a segunda fase da Operação Mensageiro.

Ceron é suspeito de integrar um esquema de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro em um esquema de favorecimento em licitações de serviços públicos, especificamente na coleta de lixo no município.

Também apelou pela revogação da prisão a defesa do ex-secretário de Serviços Públicos e Meio Ambiente de Lages, Eroni Delfes Rodrigues que, igualmente, teve seu pedido negado e continuará detido do Quartel da PM, na Capital.

Apenas o ex-secretário de Administração e Fazenda Antônio Arruda teve o pedido de relaxamento da prisão preventiva acatado e deve retornar para Lages. Arruda, de 68 anos, teve a prisão preventiva revogada e foi solto com tornozeleira por monitoramento, sob a condição de não se encontrar com outros membros do processo. Ele também está proibido de ir à Prefeitura de Lages ou de deixar a cidade. O ex-secretário estava detido, inicialmente, no presídio de Itajaí, depois foi transferido para Criciúma e, agora, estava em Joinville. O advogado Sandro Anacleto foi quem atuou na defesa dos dois ex-secretários.

Na decisão, a desembargadora argumentou que Arruda seguiu as recomendações, teve bom comportamento na prisão e não atrapalhou o processo.