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Não há como passar pela Rua Frei Gabriel, em Lages, sem perceber o colorido da florada das cerejeiras. As árvores foram plantadas há exatamente 23 anos, para complementar a revitalização realizada naquela época na via.
O mesmo resultado cênico era esperado na Avenida Marechal Floriano e na Dom Pedro II. Mas, podas irregulares e principalmente a depredação declararam rapidamente o fim das árvores.
Na Dom Pedro, algumas foram arrancadas com a raiz, outras simplesmente quebradas. Até existem alguns exemplares em outros pontos da cidade, mas não com a intensidade da Frei Gabriel.
Em 2002, as árvores já foram plantadas grandes, com altura acima de 1,80m para que o pedestre não fosse atingido pelos galhos mais baixos. É o que explica Karin Nacif, que na época respondia como diretora de paisagismo e chefe da fiscalização de posturas da Secretaria do Meio Ambiente.
“Na arborização urbana, em função da depredação e dos ataques de roedores, insetos e doenças, árvores com menor porte têm dificuldade de sobreviver. Fizemos covas grandes, trocamos toda a terra, adubamos e colocamos estacas para que crescessem retas e bem formadas. Foram meses regando, conduzindo, e controlando especialmente as formigas-cortadeiras.”
Questionada sobre a breve florada e os benefícios da árvore, ela comenta que a florada da cerejeira variedade Prunus Serrulata é única. Abundante, vistosa, mas seu grande diferencial é porque acontece numa época do ano em que praticamente não há floração de outras espécies.
Ela exige poucos cuidados, as raízes não danificam a calçada, nem a rede pluvial, e as podas são somente para retirar ramos doentes e que eventualmente atrapalham os pedestres.
“E a cerejeira tem algo especial para uma cidade fria como a nossa: quando está frio, no auge do inverno, ela perde as folhas e deixa a luz do sol aquecer a área onde está plantada. E no verão as folhas trazem sombra fresquinha para nos proteger da força dos raios de sol. Não é perfeito isso?. A ideia ao implantar as cerejeiras era plantar algo inovador, marcante, único. Acho que conseguimos.”
A Prunus Serrulata, popularmente conhecida como cerejeira japonesa ou Sakura, é uma espécie ornamental nativa do Japão, China e Coreia, amplamente valorizada pela sua deslumbrante floração que ocorre na primavera desses países e no inverno, para nós, com flores que variam do branco ao rosa.
Embora seja uma cerejeira, as cultivares de Prunus Serrulata são principalmente ornamentais e produzem poucos ou nenhum fruto (drupas pretas e redondas), ao contrário das cerejeiras frutíferas, que são utilizadas para consumo.
Características
Porte: Atinge de 4 a 10 metros de altura, com copa em forma de vaso
Folhagem: As folhas são verdes, serrilhadas, e tornam-se amareladas ou avermelhadas no outono
Floração: Produz flores em cachos, simples, semi dobradas ou dobradas, com cores que variam do branco ao rosa
Cultivo: Prefere solos férteis, bem drenados e ricos em matéria orgânica. Necessita de clima temperado, com estações bem marcadas, e não é indicada para regiões tropicais e equatoriais devido à necessidade de frio para a floração
Poda: A poda é mínima e deve ser realizada após a floração, com o cuidado de esterilizar as ferramentas de corte para evitar doenças fúngicas
Fotos: Pablo Gomes
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