logo RCN

Produção de maçã responde por 80% da economia de São Joaquim

O município de São Joaquim lidera a produção nacional de maçãs. Mas, além de representar um título importante, a fruta é a grande responsável pela economia.

De cada R$10,00 movimentados no município, R$8,00 têm origem, direta ou indiretamente, na produção da fruta. É a fruticultura que movimenta o comércio, a indústria e o setor de serviços. Uma boa safra representa pujança para os mais diversos empreendimentos, da venda de máquinas até lanchonetes e restaurantes.

Questionado sobre a importância da fruticultura, o prefeito Giovani Nunes explica que a maçã responde sozinha por 80% da economia.

O turismo fica com outros 10% e igual percentual é atribuído à produção de uvas e à vitivinicultura, atividade que cresce ano a ano e também destaca o município até em eventos internacionais. Mas o foco de hoje é a maçã.

Realmente os números relacionados à maçã são robustos. Segundo o IBGE, em 2022 foram colhidas 308 mil toneladas em São Joaquim, produção que utilizou 8.800 hectares de área e resultou em um movimento de R$646,8 milhões.

Outro fator importante é a geração de empregos. Em função das contratações para a safra, no mês de fevereiro deste ano São Joaquim foi o quinto município catarinense na geração de postos de trabalho. Com 1.295 novas vagas ultrapassou cidades referência em contratação, a exemplo de São José e Florianópolis.

“Recebemos trabalhadores de toda parte do Brasil, inclusive de fora do país, a exemplo dos argentinos,” comenta o prefeito. 

A maioria das vagas são temporárias, acabam junto com a safra. Depois permanecem as fixas, mantidas por cooperativas, fazendas e transportadoras. Mas, mesmo as temporárias contribuem enormemente para a economia. São pessoas que consomem na cidade.  


Produção vai aumentar

Questionado sobre a produção, se está estagnada ou em ampliação, o prefeito Giovani Nunes aponta que a área plantada avançou em 16% de acordo com os últimos dados.

“A cada ano estão renovando áreas e ocorrem avanços em pesquisa e extensão, tornando a região de São Joaquim ímpar para produção de maçãs no Brasil, portanto seguimos em crescimento.”

Pomares novos, geralmente demoram cerca de três anos para produzirem a pleno. Ou seja, o impacto desta expansão não será sentido imediatamente.

Os avanços em pesquisas, apontado pelo prefeito, se devem basicamente ao trabalho da Epagri que já resultou em frutos mais saborosos e também resistente às pragas. 

Estradas_ A produção se estende basicamente na área rural impondo o desafio do município manter as estradas em condição. Sensíveis, as maçãs não podem ser transportadas por estradas esburacadas. Frutos machucados perdem valor de mercado. Muitos estragos nas vias foram registrados de outubro a dezembro de 2023, quando choveu torrencialmente em todo o estado. O prefeito aponta que nem todas as estradas foram estabilizadas/recuperadas, mas que de forma geral as condições são boas.


Foco nacional da produção é no município

Santa Catarina permanece na liderança nacional de produção de fruta. Segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Cepa), na safra de 2022/2023 os pomicultores catarinenses colheram cerca de 557 mil toneladas de maçã em uma área de 15,3 mil hectares, com produtividade de 36,2 mil quilos por hectare.

De acordo com a Epagri/Cepa, o preço médio recebido pelos produtores ficou em R$1,50 por quilo da fruta. Com isso, o Valor Bruto da Produção (VBP) de maçãs chegou a R$876,3 milhões, 4,2% superior ao registrado na safra anterior.

Conforme dados do projeto de pesquisa da Epagri “Estudo e Levantamento da fruticultura de clima temperado”, Santa Catarina conta com 2.704 pomicultores com produção comercial em maçã Gala, Fuji e maçãs precoces.

A produção estadual provém, em grande parte, de pequenas propriedades familiares, com produtores organizados em cooperativas ou com contratos em grandes empresas para classificação e comercialização. 

As maiores áreas plantadas estão nos municípios de São Joaquim (58,11%), Fraiburgo (11,01%), Bom Jardim da Serra (8,82%), Monte Carlo (4,74%) Urubici (4,34%) e Urupema (3,24%), que juntos representam 90,26% da área em produção no Estado.

Fotos: Dionata Costa

Irani e startup Quanticum realizam projeto pioneiro Carbono no Solo em Santa Catarina Anterior

Irani e startup Quanticum realizam projeto pioneiro Carbono no Solo em Santa Catarina

Sicoob Credisserrana faz um evento especial só delas Próximo

Sicoob Credisserrana faz um evento especial só delas

Deixe seu comentário