O eleitor vota sem olhar a quem!
Recentemente, a terceira Turma do Tribunal de Justiça se pronunciou a respeito de um recurso movido pelo médico e agora vereador, Heron Anderson de Souza (PSD), ratificando a sentença porque o recurso foi intempestivo. Mas isso trouxe à tona a sua condenação, ocorrida ainda no início do ano passado, mas que não impediu sua candidatura ao cargo de vereador. E, a despeito disso, foi eleito! Ele foi condenado no ano passado a três anos e oito meses de reclusão, a ser cumprindo em regime aberto, além do pagamento de 16 dias-multa -um salário mínimo por dia- e a prestação pecuniária em favor do Hospital Infantil Seara do Bem. Tudo isso porque quatro mulheres o denunciaram por cobrança indevida como médico obstetra. Ele realizou os partos destas mulheres pelo SUS, mas exigiu pagamento "por fora". A sentença foi promulgada no início do ano passado, mas o fato não interferiu na campanha. Após a divulgação, foram muitas as informações que chegaram até mim, falando desta prática, considerada muito comum por vários médicos. Houve relato de como era feita esta cobrança. Ele marcava o parto para o dia em que estava de plantão e o pagamento era feito com antecedência. Marcava a hora e o local para a entrega. No caso desta pessoa que relatou, ele marcou às 23h05 no estacionamento da maternidade. Só isso já é suficiente para constatar que o ato era irregular, pois feito às escuras em um estacionamento. Se pelo menos esta condenação nos assegurasse que colocaria fim a esta prática, já teria cumprido a finalidade que desejavam as proponentes. Mas sabemos que não. São práticas que vão continuar, infelizmente! Mas, o mais lamentável é que apesar disso, continuam a pregar moral de cuecas e a emanar uma aura de santidade através de seus discursos. Mas, o que me faz trazer este assunto é o fato de que na política, tais fatos parecem não exercer efeito algum e sequer arranham a imagem daqueles que decidem disputam um cargo eletivo. O médico citado foi eleito vereador como o segundo mais bem votado na eleição do ano passado. Mas ele não é o único. São inúmeros os exemplos de políticos que já tiveram condenações e outros que nem chegaram a ser julgados, mas que colecionam processos e continuam sendo eleitos. Isso parece não importar aos eleitores. Mas o paradoxal, é que estes mesmos eleitores vivem a citar o jargão de que o país não tem jeito e nossos governantes são corruptos. Como se não fosse sua a culpa por termos os governantes que temos!
"Protocolei um Projeto de Lei na Câmara de Vereadores que impõe multa às pessoas que burlarem a sequência de vacinação dos grupos prioritários, devido a diversas denúncias recebidas. Acredito que a vacinação é a principal arma de combate ao vírus e, por isso, devemos entender a grande importância da imunização. Mas tendo consciência e respeitando os grupos prioritários previstos no Plano Nacional de Vacinação. Esperamos que o projeto seja aprovado e os responsáveis venham a responder pelos seus atos"
Vereador Jair Júnior (Podemos) informando a respeito do combate aos fura-fila já que há algumas suspeitas da ocorrência em Lages.
Napoleão está abrindo caminhos para o PSD
O ex-prefeito de Blumenau e vice-candidato na chapa de Gelson Merísio ao governo, o ex-tucano Napoleão Bernardes, hoje no PSD, já está percorrendo o estado iniciando a movimentação do partido em prol das eleições do ano que vem. Ele se coloca como candidato a candidato ao governo. Mas o partido tem dois nomes postos para retomar o governo: Napoleão e o ex-governador Raimundo Colombo. Esta semana, Napoleão esteve na Serra, visitando Lages e também Correia Pinto, onde conversou com o prefeito Edilson dos Santos (Churiço), do PP. A tentativa é de construir alianças. Para o prefeito Churiço, o objetivo foi colher informações e experiências na administração pública, já que está em seu primeiro mandato e estreando na política.
Napoleão esteve com o prefeito Churiço discutindo experiências e tentando construir alianças
PL cresceu na região
O prefeito de São José do Cerrito, José Dirceu da Silva e o seu vice, Leonardo Heinzen, foram eleitos pelo PSDB, mas hoje estão no PL do senador Jorginho Melo. Enquanto o PSDB perdeu prefeituras (tinha duas e hoje só tem a de Bocaina do Sul), o PL vem ganhando espaço na Serra. Dos 18 municípios está administrando, hoje, quatro deles: Anita Garibaldi (João Cidinei da Silva); Painel (Antônio Marcos Cavalheiro), Palmeira (Fernanda Córdova) e São José do Cerrito. Graças a ação do senador Jorginho, sedimentando o caminho para o Centro Administrativo da capital.
Dirceu e Leonardo, prefeito e vice de São José do Cerrito, ex-tucanos, se somam à militância do PL na região
Área industrial ou uma fazenda?
Recentemente, o vereador Heron Anderson de Souza apresentou pedido de informação a respeito do terreno da Sinotruk, em especial sobre a ocupação da área e o projeto para a sua utilização. Foram quatro perguntas. A resposta da Secretaria de Desenvolvimento Econômico foi curta e grossa: "O terreno já foi revertido para o município e a sua finalidade é a instalação de empresas". Simples assim, o que gerou a queixa de Heron e o protesto do vereador Jair Júnior que considerou "um deboche, pois tem alguém criando gado na área e a pessoa que autorizou essa ocupação tem de responder por isso". Para Jair, o assunto mereceria até uma CPI. O vereador Nei Casa Nossa sugeriu que a Câmara crie uma comissão para visitar a área. Lembrou que "a fazenda" tem porteira chaveada. É interessante observar que realmente as instalações dos moradores foram até ampliadas. E não deixam ninguém se aproximar do local.
Faltam professores
Conversei com uma mãe que tem dois filhos no ensino médio e que mora no interior. Estudam na escola estadual da Penha. Dizia ela que os filhos não estão acompanhando as aulas presenciais porque a maioria dos professores está em licença médica. Não vale a pena o deslocamento do interior até a área urbana para não terem aula. Se antes da pandemia já era alto o índice de licença médica entre os professores, imagina agora com o coronavírus
Uma pergunta!
A vereadora Elaine de Moraes está questionando: se todas as atividades estão voltando a funcionar normalmente, porque somente o transporte coletivo urbano está atuando ainda em horários restritivos?
Os fura-fila
Desde quando a campanha de vacinação começou, 208 denúncias de fura-fila chegaram ao conhecimento do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e resultaram, até hoje, em quatro ações civis públicas (ACPs), três das quais já contam com decisões liminares. Uma delas de Bom Jardim da Serra, onde o secretário municipal da Saúde,. Luiz Carlos Seminotti, furou a fila de vacinação e teve seus bens bloqueados. Atualmente, há pelo menos nove inquéritos civis investigando possíveis casos de burla aos planos de imunização em municípios catarinenses. Um deles em Lages.
PSB na disputa
O presidente estadual do PSB, Claudio Vignatti, participou de uma coletiva na segunda-feira, quando anunciou que o partido terá candidatura própria ao Governo do Estado em 2022. De acordo com o presidente estadual da sigla, "apresentar uma opção democrática, progressista e preocupada com a justiça social é um dever do PSB perante a sociedade catarinense.Vamos construir um projeto coletivo para o bem e o progresso de Santa Catarina," disse ele.
Trabalhador
Há que se admitir que o deputado estadual Marcius Machado (PL) tem feito o possível em prol de seu desempenho no legislativo estadual. Teve mais projetos aprovados que muitos deputados que por lá passaram. O último deles foi o que aumenta a multa para quem comete crueldade contra animais, incluindo a proibição de rinhas de galos e de cães. A multa para infrações graves, que era de R$ 500 a R$ 1 mil, passa a ser de R$ 10 mil a R$ 12 mil. A lei foi sancionada pelo governador nesta semana.
Prefeitura despejada
Por quase sete anos, a Prefeitura de Lages ocupou um espaço na Rua Nereu Ramos (prédio pertencente a operadora OI) com a finalidade de se tornar uma Central de Atendimento ao Turista, sem pagar aluguel. Agora está sendo despejada do local. Pelo contrato, além do valor de R$ 2 mil do aluguel mensal, o município era responsável pelas contas de água, luz e IPTU, por exemplo, o que passava de R$ 1 mil. Foi feito um acordo pela gestão anterior e o valor a ser pago era de apenas R$ 38 mil. A parte autora provou que nada havia sido quitado. Depois disso, a prefeitura renunciou ao prazo que tinha para contestar.
Deixe seu comentário