O início da indústria do charque
Já na proximidade do final do século XVIII, em 1780, um outro acontecimento marcou, de forma definitiva, a dependência da economia da província em relação à pecuária: criou-se a primeira charqueada de caráter comercial na região de Pelotas.
Aos poucos, o charque (seguido do gado vivo e do couro) se tornou o principal produto de exportação do Rio Grande. Usado na alimentação dos escravos e das camadas mais pobres da população, o charque era enviado principalmente para os demais portos brasileiros. O couro, por sua vez, encontrava seu principal mercado nos portos estrangeiros, em especial da Europa, para onde era remetido seco ou salgado, a fim de ser processado.
Assim, o século XVIII significou, para o Rio Grande, um período de formação e consolidação de uma estrutura baseada na pecuária, que atendia aos interesses das zonas mais desenvolvidas do país, com a exportação de gado e charque, e de Portugal e outros países europeus, com a exportação de couros.
A economia, voltada para o gado, que garantia o fornecimento de outras regiões e a posse do solo por parte da coroa portuguesa, dava também origem a uma elite local, formada por pecuaristas e proprietários de charqueadas, que viveria, ao longo de sua história, uma contradição peculiar: se na província tinha poder e influência, nem sempre o mesmo acontecia em nível nacional, onde os interesses agrícolas, ligados às áreas de grandes lavouras, muitas vezes iriam contra aqueles defendidos pelos grupos de expressão política (e econômica) do Rio Grande do Sul.
Dessas diferenças nasceram vários confrontos, fazendo com que, até o século XX, o Rio Grande fosse uma região potencialmente problemática não só pelos conflitos de fronteiras com outros países, mas também pelos problemas de suas elites com os grupos de comando nacionais.
O Narrador de rodeios, Marlon Arruda, vai participar do programa Oh de Casa
com o "Quadro Giro do Agronegócio". Trazendo muitas novidades nesse novo
projeto que terá transmissão ao vivo às terças-feiras, direto do Mercado Público
de Lages. Seja bem vindo!!
O urubiciense Rafael Puerta, radiante e feliz ao retornar ao palco da Sapecada
da Serra Catarinense. Na triagem que aconteceu no último final de semana,
no Mercado Público de Lages, ele classificou duas composições: Meu Velho
Amigo Estrivo e Minha mãe. Boa sorte!
Foto: Tóia Oliveira
Um registro super especial da joaquinense Carla Porto Melo, que comemora
mais um ano de vida nesse dia 30. Feliz Aniversário!!!
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