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Frio extremo

Novembro chega com frio e geada negra na Serra Catarinense

  • Diferentemente da geada branca, a negra não forma uma camada de gelo em volta da vegetação

    Divulgação

Entre os dias 1 e 4 de novembro as temperaturas deverão ser de 3°C a 5°C abaixo de zero

O engenheiro agrônomo da Estação Meteorológica Climaterra, Ronaldo Coutinho, alerta para as condições do tempo nos primeiros dias do mês de novembro, que devem ser de temperaturas extremamente baixas e possibilidade de ocorrência dos fenômenos de geada, geada negra e até neve.

De acordo com Coutinho, ele vem fazendo o monitoramento há vários dias e os indicativos do frio extremo vêm se confirmando. Seriam temperaturas absurdamente baixas. É algo assim, para o pessoal ter ideia, que acontece a cada 100 anos. É realmente esdrúxulo o que está vindo aí e, por enquanto, não muda. E isso me impressiona: não muda. É sempre mais intenso, menos intenso, mas já chegou a aparecer (possibilidade) de neve por quatro rodadas”.

O engenheiro agrônomo destaca que entre os dias 1 e 4 de novembro as temperaturas deverão ser de 3°C a 5°C abaixo de zero e, se as previsões se confirmarem, esta deverá ser a maior onda de frio da Serra Catarinense, desde a abertura da Estação Meteorológica, em 1955.

Coutinho alerta os produtores, que poderão ter perdas de 40% a até 90% das produções. “Até agora, o prejuízo na maçã eu calculo de 40% a 60% para cima.”

Geada negra

A frente fria dos primeiros dias de novembro, segundo Coutinho, deve começar com a geada negra ou com a neve ou a chuva congelada com vento e temperaturas próximas de zero a negativas, nos locais com 1.300 metros de altitude para cima. E depois geada severa nos dias seguintes. “Não tem histórico nenhum de um frio desses”.

O que é geada negra

Para entender o que é "geada negra" e como ela se forma, é necessário saber o que é a geada comum. A geada branca ocorre quando se forma um "campo de gelo" sobre a plantação, que normalmente se vê pela manhã. "Para ter essa ocorrência, é necessário ter umidade no ar para que o vapor acabe sublimando e formando a camada de gelo sobre a relva", explica Celso Oliveira, agrometeorologista da Climatempo.

Agora, durante noites e madrugadas muito secas e com baixíssima umidade no ar, essa camada não se forma. Com as temperaturas extremamente baixas e ventos fortes, a parte interna da planta - a seiva, acaba congelando e estourando os vasos. "Depois, elas morrem e ficam todas escuras. Esse fenômeno é chamado de 'geada negra'", explica Oliveira.

Então, quando o tempo é tão seco a ponto de impossibilitar a formação da camada de gelo, mas a temperatura é extremamente baixa, a seiva congela, mata a planta e escurece e destrói toda a vegetação atingida, complementa o especialista.

Fonte: Globo Rural

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