A exposição Raízes Negras reúne um acervo fotográfico resgatado pelo professor Cassiano Suhre, docente nas escolas municipais EEBM Octavio Antunes de Souza e EIM Maria Eliza Martorano.
O acervo em questão foi um trabalho de curadoria das fotos antigas e pesquisa sobre informações desses registros na localidade de São Sebastião da Várzea, no município de São Joaquim.
Revelando aspectos da cultura e das relações das famílias afrodescendentes da localidade, as imagens refletem a dimensão da coletividade construída ao longo dos anos e a importância dessas famílias como parte fundamental da história da região serrana.
A comunidade de São Sebastião da Várzea, localizada no interior de São Joaquim, a 37 km do centro do município, sendo o cenário utilizado para a exposição.
Cercada pelo Rio Lava-Tudo, faz divisa com o município de Lages-SC. A localidade, historicamente, passou por muitos ciclos de trabalho, dentre eles o ciclo da madeira, nos anos 70, no qual ocorreu um aumento no número de moradores.
Posteriormente, com o fim do ciclo da madeira, parte daquela população migra para outros lugares. Atualmente, os moradores desenvolvem a fruticultura, agricultura e pecuária como base do sustento familiar.
Segundo o professor Suhre “reunir fotografias que revelassem os diversos aspectos das relações familiares entre os afrodescendentes da comunidade onde cresci, no interior de São Joaquim/SC, foi o ponto de partida para a criação do projeto Viés das Raízes Negras: Memórias da comunidade afrodescendente de São Sebastião da Várzea.
Através dessas fotografias e também de relatos das pessoas que ali vivem, busquei estabelecer as conexões de memórias entre gerações da população negra dessa localidade, que historicamente foi invisibilizada, e revelar a importância dessas famílias como parte fundamental na história de nossa cidade.”
As peças ficarção expostas no Sesc de São Joaquim.
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