Gariba e Zízimo disputarão o segundo turno da eleição para reitor |
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Fundação Heinrich Böll / Divulgação
A bancada feminina nas Câmaras de Vereadores, também estará presente no mandato que se inicia daqui 40 dias. Destaque para Bom Jardim da Serra e Cerro Negro, que elegeram quatro mulheres, respectivamente.
Ao todo, os eleitores aprovaram 32 candidaturas de mulheres nas eleições proporcionais deste ano. Apenas Rio Rufino terá três representantes entre as nove vagas daquela casa legislativa. Em outras oito câmaras, duas vagas serão ocupadas por mulheres e em cinco haverá apenas uma mulher num ambiente predominantemente masculino.
Pior que ter apenas uma mulher, chama a atenção os municípios de Campo Belo do Sul e Ponte Alta, que não elegeram nenhuma mulher para a câmara. E observa-se, que Campo Belo do Sul terá duas mulheres, prefeita e vice no comando da prefeitura.
Campo Belo do Sul estreia também no próximo mandato, como único município da região que se tem notícia, em que duas mulheres estarão à frente das decisões do município, na Serra Catarinense.
Das 863 candidaturas para as vagas das Câmaras de Vereadores da região, 308 mulheres investiram na busca do mandato e 32 se elegeram. A representação delas foi significativa, já que somaram 35,68% do total das postulações.
Chama atenção um caso em Urupema. O vereador Jair Silva de Oliveira, o "Guito", que foi reeleito pela nona vez consecutiva. Guito é considerado o campeão de reeleições na Serra Catarinense e mantém-se no posto, desde o tempo em que Urupema era distrito de São Joaquim.
Representatividade ainda é baixa
Nos últimos anos, o Brasil vivenciou uma progressão no debate público em torno das questões femininas. Temas como assédio, aborto, maternidade e carreira, vem sendo discutidos amplamente na sociedade e ganhando espaço no cenário político. A luta pelo direito das mulheres vem progredindo não só no Brasil, mas em todo o mundo. Alguns avanços já foram conquistados nas última décadas, como o direito ao voto e o direito de serem eleitas. Porém, no que tange a representatividade das mulheres na política, esse debate ainda se encontra muito distante do desejado.
Muitas mulheres ainda têm dificuldades de ocupar cargos de poder, serem eleitas ou terem voz ativa nas tomadas de decisões políticas. Isso acontece devido à exclusão histórica das mulheres na política e que reverbera, até hoje, no nosso cenário de baixa representatividade feminina no governo.
Pouco se avançou no tema
Segundo o Inter-Parliamentary Union, o Brasil é um dos piores países em termos de representatividade política feminina, ocupando o terceiro lugar na América Latina em menor representação parlamentar de mulheres. No ranking, a nossa taxa é de aproximadamente 10 pontos percentuais a menos que a média global e está praticamente estabilizada desde a década de 1940. Isso indica que além de estarmos atrás de muitos países em relação à representatividade feminina, poucos avanços têm se apresentado nas últimas décadas.
Esse cenário se observa em todas as esfera do poder do Estado. Desde as câmaras dos vereadores até o Senado Federal, essa taxa de representatividade ainda permanece muito baixa, mesmo em um cenário no qual 51% dos eleitores são mulheres. O quadro abaixo, com dados de 2016, mostra como o número de mulheres na política é baixo no Brasil. Como você pode ver, naquele ano, apenas um cargo de governo estadual era ocupado por mulher, hoje a situação não é muito diferente, apenas dois governos estaduais não são governados por homens.
Fonte: Site Politizei
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