Devido às novas variantes do vírus, a covid-19 avança no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde desta quarta-feira (23/11), nas últimas 24 horas, as secretarias estaduais e municipais de Saúde no país registraram 29.884 novos casos da doença e 117 mortes. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Boletim Infogripe, também alertou para o crescimento de infecções pelo coronavírus: pelo menos 15 estados tiveram aumento de casos graves. Em Lages são 118 casos ativos e a situação é considerada tranquila. 

Boletim publicado no Facebook da Secretaria Municipal de Saúde de Lages, aponta que o município tem 43.044 casos confirmados e 42.320 recuperados. O número de óbitos é de 606. Os dados são de quarta-feira (23). Porta de entrada para atender casos suspeitos, a UPA de Lages registra movimento regular. “Cerca de 50% das pessoas que fazem o teste positivam para a doença,” explica o diretor da UPA, Gilmar Ribeiro.

Ele avalia que a situação é tranquila. “Graças a Deus os casos não são tão graves,” complementa o diretor. Nesta situação, raramente o paciente precisa de internação, principalmente em UTIs. Mesmo assim, os profissionais da Saúde orientam para que a população continue vacinando.  

Anvisa volta a cobrar máscaras em aeroportos

Na tentativa de conter o novo avanço da covid-19 no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltou a exigir o uso de máscaras de proteção nos aviões e aeroportos. A medida começa a valer a partir de hoje (25/11).

A exigência volta a ser aplicada pouco mais de três meses após ser derrubada. Segundo o diretor da Agência, Alex Campos, que propôs a medida, “o uso de máscaras em ambientes de maior risco, pelas suas características de confinamento, circulação e aglomeração de pessoas, representa um ato de cidadania e de proteção à coletividade e objetiva mitigar o risco de transmissão e de contágio da doença”.

SC confirma circulação da sublinhagem Ômicron BQ.1.1 Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES) informa que foi confirmada a circulação da sublinhagem BQ.1.1 do vírus SARS-CoV-2 em Santa Catarina. Trata-se de 5 pacientes residentes dos municípios de Camboriú (1), Florianópolis (2), São José (1) e Joinville (1), cujas amostras foram coletadas entre os dias 11 e 21 de outubro. O superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, informa que é uma sublinhagem da variante BQ.1. “Ela vem circulando na Europa e tem provocado aumento no número de casos na região. Sua principal característica é apresentar mutações na proteína spike, que permitem que ela se ligue e infecte nossas células com maior facilidade. Com isso, a variante BQ.1.1 pode apresentar alta capacidade de ser transmitida entre a população, inclusive apresentando risco de escape vacinal para casos leves. No entanto, em pessoas que tenham recebido as doses de reforço, a infecção pela BQ.1.1 apresenta baixo risco de evoluir para formas graves que exigem hospitalização e cuidados especializados”, explica Macário.Vacinação infantil 

A vacinação infantil contra a Covid-19 em Santa Catarina ainda está bem abaixo do esperado. Dados do vacinômetro mostram que até o momento foram aplicadas 18.678 D1 e 8.495 D2 nas crianças de 3 e 4 anos, o que corresponde a uma cobertura vacinal de 9,59% e 4,36% respectivamente, tendo em vista que público-alvo nesta faixa etária é de 194.635 crianças.

Na faixa etária de 5 a 11 anos, a cobertura vacinal com a primeira dose está em 52,22%, enquanto com a segunda dose está em 35,39%.