Uma das suspeitas da Secretaria Municipal de Saúde de Palmeira se confirmou. A equipe de vigilância epidemiológica do município recebeu, nesta terça-feira, 2, o resultado de uma das amostras enviadas ao Laboratório Central (Lacen), em Florianópolis, no dia 19 de janeiro, atestando que o macaco encontrado morto na localidade de São Sebastião do Canoas teve a morte causada por Febre Amarela. A equipe ainda aguarda o resultado de outras três remessas de coletas enviadas ao Lacen, todas de primatas encontrados mortos na localidade de Mato Escuro.
A Febre Amarela que vitimou o macaco no interior do município é do tipo Silvestre, e é transmitida aos humanos quando estes são picados por mosquitos típicos de mata, contaminados com o vírus. É importante salientar que o macaco não transmite o vírus a outros seres humanos.
"Nossa cidade tem cobertura vacinal de 53% da população, o que é considerado baixo por causa da gravidade da doença. Pedimos aos que ainda não foram ao Posto de Saúde que se vacinem. É só uma dose pra você ficar imune para o resto da vida", apontou a prefeita Fernanda Cordova.
Vacinação em Palmeira
Desde que as equipes da Secretaria de Saúde foram notificadas das primeiras mortes de macacos, no início de janeiro, as quais não puderam ter a coleta realizada devido ao estado avançado de decomposição dos corpos, foi montada uma mobilização municipal de vacinação contra a Febre Amarela. Desde o início da mobilização, 26 palmeirenses compareceram à Unidade Básica de Saúde Central para se imunizar contra a doença.
A vacinação acontece na unidade básica todas as terças-feiras, e está programado um Dia D de vacinação, no dia 13 de fevereiro, das 08h às 17h, para atender os munícipes que não podem comparecer à unidade durante a semana.
Os sintomas da Febre Amarela são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos, fraqueza e cansaço, dor abdominal e icterícia (Pele Amarelada). Se você esteve em região de mata e apresenta algum destes sintomas, recomenda-se procurar atendimento médico para avaliação. A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente.
Lages reforça a importância da vacinação
Flávio Fernandes
imprensa@prefeituralages.com.br
Recentemente, um macaco morto foi encontrado no interior de Lages, na Localidade de Lambedor. Amostras do animal foram encaminhadas pelo Centro de Controle de Zoonoses juntamente à Gerência Regional de Saúde ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Florianópolis, para investigação, e o resultado emitido consta como não detectável
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina (Dive/SC) divulgou, na quarta-feira (27 de janeiro), a confirmação do primeiro caso de febre amarela em humano deste ano. A paciente é uma mulher, de 40 anos, moradora da cidade de Taió, Alto Vale do Itajaí, que não tinha registro de vacina contra a doença.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Claiton Camargo de Souza, a vacina contra a febre amarela está disponível para quem ainda não se imunizou, na sede da Vigilância Epidemiológica, e nas salas de vacina em Unidades Básicas de Saúde (UBSs). "A melhor maneira de prevenir a febre amarela é a vacinação", ressalta.
Os macacos sinalizam a circulação do vírus da febre amarela porque vivem no mesmo ambiente que o mosquito transmissor da doença e geralmente são os primeiros a adoecer. A morte ou o adoecimento dos primatas é um alerta, uma vez que a doença nestes animais geralmente precede os casos humanos. "Importante que as pessoas entendam que o macaco não transmite a doença. Quando um animal desses é encontrado doente ou morto é importante comunicar imediatamente às autoridades de saúde", alerta a diretora de Vigilância em Saúde, Regina de Souza Oliveira Martins.
Nos casos de macacos encontrados mortos ou doentes no perímetro urbano de Lages, o comunicado deve ser feito ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), através do número de telefone 3251-7975. Outra opção é baixar o aplicativo SISS-Geo na plataforma Play Store, pelo qual é possível enviar fotos do animal e marcar a localização em que ele foi encontrado. As informações chegam instantaneamente até os órgãos de saúde.
A gerente da Vigilância Epidemiológica, Sumaya Pucci, explica qual perfil de pessoa deve tomar a vacina. "Toda a população de nove meses até os 60 anos de idade, que não tenha alergia ao ovo, não apresente nenhuma comorbidade e não esteja em uso de medicação, antibiótico, antialérgico, está apta a ser vacinada. Já a pessoa acima de 60 anos, somente com solicitação médica", finaliza.
212 doses foram aplicadas este ano em SC
No período de 01 de janeiro a 01 de fevereiro de 2021 foram aplicadas 212 doses da vacina contra a febre amarela no estado de Santa Catarina. Neste período, foi notificado apenas 1 caso suspeito de evento adverso grave pós-vacinação pela vacina de Febre Amarela, o qual ainda se encontra em investigação.
É importante destacar que a ocorrência de eventos adversos, em especial os casos considerados graves são raros, mas necessitam de atendimento médico imediato para avaliação e conduta bem como serem feitas a investigação pela Vigilância Epidemiológica
Na Serra Catarinense, Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Palmeira e Ponte Alta já têm casos confirmados. Mesmo assim, a cobertura vacinal da região é inferior a 60% da população .
O grande aumento no número das notificações quando comparado ao ano de 2019 e 2020, bem como a confirmação da doença em alguns PNH, indica a circulação do vírus da febre amarela e serve como alerta para a adoção imediata de medidas de prevenção, especialmente a vacinação das pessoas a partir dos 09 meses de idade, uma vez que a doença nos PNH precede os casos humanos.
Sintomas
Os sintomas iniciais são febre alta de início súbito, sensação de mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço, calafrios, náuseas e vômitos. Quando a doença evolui para a forma grave, há aumento da febre, diarreia, reaparecimento dos vômitos, dor abdominal, icterícia (olhos amarelados, semelhante à hepatite), manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos no nariz e gengivas) com comprometimento dos órgãos vitais como fígado e rins.
Sobre a doença
A febre amarela é uma doença infecciosa viral aguda, transmitida por mosquitos, presente em países da África e das Américas Central e do Sul. A transmissão pode ocorrer de duas formas: silvestre e urbana. Mas se trata de uma só doença.
Na forma de transmissão silvestre, os vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que mantêm a circulação do vírus entre os macacos, podendo, também, transmitir ao homem, caso esteja nesse ambiente sem estar vacinado. Na forma de transmissão urbana, o veículo do vírus é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue, da febre do chikungunya e da zika vírus.
Número de notificações aumentou
O grande aumento no número das notificações quando comparado ao ano de 2019 e 2020, bem como a confirmação da doença em alguns PNH, indica a circulação do vírus da febre amarela e serve como alerta para a adoção imediata de medidas de prevenção, especialmente a vacinação das pessoas a partir dos 09 meses de idade, uma vez que a doença nos PNH precede os casos humanos.
A sensibilidade dos municípios em notificar epizootias em PNH e coletar amostras oportunamente é o fator determinante para a redução do risco de exposição das pessoas suscetíveis.
Considerando o período de monitoramento de julho/2020 a junho/2021 foram notificadas 204 epizootias em PNH, em 56 municípios de Santa Catarina. Do total de PNH notificados, 10 (5%) tiveram resultado negativo, 106 (52%) tiveram a causa do óbito indeterminado, 75 (37%) estão em investigação e 13 (6%) foram positivas para Febre Amarela.
Número de notificações aumentou
O grande aumento no número das notificações quando comparado ao ano de 2019 e 2020, bem como a confirmação da doença em alguns PNH, indica a circulação do vírus da febre amarela e serve como alerta para a adoção imediata de medidas de prevenção, especialmente a vacinação das pessoas a partir dos 09 meses de idade, uma vez que a doença nos PNH precede os casos humanos.
A sensibilidade dos municípios em notificar epizootias em PNH e coletar amostras oportunamente é o fator determinante para a redução do risco de exposição das pessoas suscetíveis.
Considerando o período de monitoramento de julho/2020 a junho/2021 foram notificadas 204 epizootias em PNH, em 56 municípios de Santa Catarina. Do total de PNH notificados, 10 (5%) tiveram resultado negativo, 106 (52%) tiveram a causa do óbito indeterminado, 75 (37%) estão em investigação e 13 (6%) foram positivas para Febre Amarela
Fonte: Dive
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