No início deste mês, o engenheiro Agrônomo, Ronaldo Coutinho, previu que o inverno deve chegar mais cedo este ano. Para ele, não teremos outono climático, migrando do verão diretamente para o inverno. 

Confirmando essa previsão, essa semana já fez frio na Serra Catarinense, considerando-se que estamos em janeiro e, nesta madrugada, existe a possibilidade de geada isolada nos pontos mais altos da Serra. 

A previsão de geada foi publicada no site da Epagri/Ciran pela meteorologista Gilsânia Cruz. Ela alerta para a possibilidade de chuva com grandes volumes no Litoral e Norte, com chance de desmoronamentos e inundações. Para as demais regiões, a previsão é de trovoadas isoladas. Com o tempo nublado as temperaturas não sobem tanto.  

A previsão praticamente não muda até segunda-feira. É que  um Vórtice Ciclônico de Altos Níves (VCAN) está atuando sobre a Região Sul do Brasil.

Trata-se de um sistema meteorológico com centenas de quilômetros de extensão (grande escala), que atua em altitudes acima de 5 km na atmosfera. Ele consiste em um sistema de baixa pressão de origem subtropical, que gira no sentido horário no Hemisfério Sul.

Na região Sul do Brasil, independente da estação do ano, o sistema atua provocando ventos e chuvas intensas em regiões localizadas a leste e a nordeste de seu centro”. 

Saiba como se proteger de raios durante tempestades

Em casos de tempestades com raios, há algumas opções mais seguras para se evitar que pessoas sejam atingidas. Em praias, a recomendação Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é evitar ficar dentro da água, não caminhar em áreas descampadas e não permanecer embaixo de guarda-sol, tenda nem quiosque.

O Elat orienta ainda que, durante tempestades, é importante buscar opções mais seguras de abrigo, como veículo não conversível, com portas e vidros fechados, evitando contato com a lataria.

Em moradias ou prédios, deve-se manter distância das redes elétrica, telefônica e hidráulica, assim como de portas e janelas metálicas. Outra opção é procurar abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis.

Se não houver nenhum abrigo seguro por perto, a orientação é afastar-se de qualquer ponto mais alto e de objetos metálicos, manter os pés juntos, agachar-se até a tempestade passar, e não ficar deitado.

Ao aviso de tempestade ou ao escutar trovões, a orientação é se abrigar imediatamente em uma edificação ou veículo, permanecendo lo nge de janelas, tomadas e materiais metálicos e evitando árvores ou coberturas metálicas frágeis.

Além disso, a recomendação é desconectar aparelhos eletrônicos das tomadas; e não utilizar aparelhos conectados às fiações telefônica e elétrica.

A orientação é manter distância de objetos altos e isolados, como árvores, postes, antenas e caixas d’água; afastar-se de objetos metálicos grandes e expostos, como tratores, escadas, cercas de arame; não soltar pipas e não carregar objetos como canos e varas; evitar dirigir e andar de bicicleta, motocicleta ou a cavalo.

Somente na última década, 835 pessoas morreram no Brasil por causa de raios. O levantamento, feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), torna o Brasil o campeão mundial na incidência de raios. São mais de 77 milhões por ano.