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Patrick Cruz

Inter - 75 anos

A história se escreve todos os dias

Na próxima sexta-feira, dia 8, a vitória do Internacional de Lages por 3 a 1 contra a Chapecoense, pela Taça FCF de 1984, vai completar exatos 40 anos. Antônio Rogério Osório foi o ábitro da partida, na qual o Colorado Lageano entrou em campo com Paulinho, Luizinho, Ricardo, Ailton e Maurício; Toninho Caixão, Sérgio Luiz e João Carlos; Mica, Toninho Caju e Vacaria. Machado, o treinador do Inter, ainda pôs em campo Mané, que entrou no lugar de Toninho Caju e marcou um dos gols da vitória. Vacaria e Mica fizeram os outros dois.

O que esse confronto teve de especial? Nada, talvez. Ele não decidiu um campeonato, não marcou uma quebra de tabu, não teve a estreia de nome de relevo da galeria de craques do clube nem marcou a despedida de um grande ídolo.

É certo, no entanto, que os torcedores colorados que estavam no Estádio Vidal Ramos Júnior naquele dia ou que acompanharam a partida pelo rádio vibraram intensamente com a vitória. Vencer é sempre bom, ainda que os serviçais das estatísticas julguem esta ou aquela partida como de fato histórica e releguem a maioria delas à vala comum dos episódios esquecíveis e desimportantes da cronologia da vida do nosso clube.

A escolha do jogo Inter 3 x 1 Chapeconse, disputado no dia 8 de março de 1984, para abrir esta coluna foi propositalmente aleatória. Digamos que esse e outros tantos confrontos esquecidos no tempo tenham de fato sido desimportantes, menores. É fato, sim, que eles não marcaram a conquista de um título ou não tenham sido o palco de algum grande feito, mas, sem eles, estaríamos aqui hoje?

A vida de nosso clube, assim como a nossa própria, é muito mais cheia de feitos "menores" do que de conquistas que guardamos em álbuns de fotografias. Não nos casamos nem temos filhos todos os dias, afinal.

No sábado (2/3), o Inter vai enfrentar o Figueirense em Florianópolis. Como o clube não conseguiu vaga na próxima fase do Campeonato Catarinense, a partida será a última do Leão Baio pelo estadual deste ano. Outros jogos e outras competições virão, e o Inter não seguirá no estadual para brigar pelo título, mas são jogos assim que compõem a história.

Eu, se em Florianópolis morasse, não perderia a chance de ver esse confronto. Quem nele estiver, entrará para a história, nem que seja para aquela que não estará nos pergaminhos dos arqueologistas da bola.

O jogo é histórico porque estaremos em campo. Importante é a vida, colorados. E nós estamos vivos.

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