Uma das riquezas da Serra Catarinense sempre foi a produção de madeira bruta, aquela que é apenas serrada e não passa por nenhum outro processo industrial. Nos últimos três meses, a exportação deste produto caiu muito, dificultando a vida de dezenas de empresas que atuam no mercado internacional. Segundo a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), essa tendência de queda deve permanecer em 2023, equiparando os volumes de vendas a 2019, antes da pandemia.
Até novembro deste ano, o Observatório da Fiesc apontava que a exportação de madeira serrada catarinense somava US$ 355.602.213. Em julho foram US$ 41 milhões, agosto caiu para US$ 34 milhões, setembro US$ 28 milhões, outubro US$ 21 milhões e em novembro teve uma leve recuperação fechando em US$ 26 milhões.
O vice-presidente da Fiesc para a Serra Catarinense, Israel Marcon, explica que em 2020 e em 2021, durante a pandemia, a exportação de madeira cresceu muito. A pandemia arrefeceu em 2022 e, com isso, ocorreu a redução das vendas, principalmente nos últimos três meses.
Israel comenta que o preço da madeira está em queda em vários países, situação que influencia as vendas brasileiras. Penso que 2023 será parecido com 2019, em níveis mais próximos da normalidade, pois o que vivemos de 2020 pra cá era algo fora da curva. O que preocupa é que os custos das matérias-primas e dos fretes subiram demais, pressionados pelo combustível e pela alta demanda de transportes.” O desafio, aponta Marcon, é suportar até que o mercado se normalize.
Segmentos
Empresas instaladas nos municípios da Serra Catarinense produzem uma diversidade com base na madeira reflorestada. Chapas de madeira de diversos tipos, sacos de papel, envelopes e embalagens estão entre eles. São produtos com maior valor agregado e que concorrem em outros mercados, não sendo afetados diretamente pela baixa na exportação de madeira serrada.
Exportação de madeira
Mês US$
Julho 41 milhões
Agosto 34 milhões
Setembro 28 milhões
Outubro 21 milhões
Novembro 26 milhões
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