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Edital Chico de Assis

Projetos farão parte de festival exibido no Youtube

Os mais de 100 projetos culturais selecionados por meio do Edital Chico de Assis, para receber recursos da Lei Emergencial da Cultura, Lei Aldir Blanc, assim que forem concluídos e apresentados, farão parte de um festival que será exibido no canal de Youtube da Fundação Cultural de Lages (FCL).

O coordenador de Difusão Cultural da fundação, Fabrício Furtado, explica que muitos grupos já apresentaram seus trabalhos e estão na fase de prestação de contas. Outros ainda estão na fase de execução e têm até o final do mês de abril para apresentá-los. O prazo era para o fim de março, mas foi prorrogado em função da dificuldade de produção imposta pela pandemia.

Fabrício comenta que, para produzir, muitos grupos precisam se deslocar e as dificuldades são inúmeras em função das restrições sanitárias para se evitar o contágio do coronavírus. Pela mesma limitação, as apresentações também ocorrem de forma virtual. "Geralmente os grupos postam seus trabalhos em suas redes sociais e nos copiam," comenta Fabrício.

A Lei Aldir Blanc foi a forma encontrada pelo Governo Federal para amenizar o problema de renda de grupos culturais, que há um ano estão impedidos de realizar apresentações, shows e eventos. Em Lages o processo é gerido pela prefeitura que presta homenagem ao jornalista Chico de Assis batizando o edital com o seu nome.

Durante os meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, os proponentes premiados vêm desenvolvendo seus projetos, em sua maioria, utilizando recursos audiovisuais para a propagação das suas ideias em suas redes sociais. São lives, curtas-metragens, documentários, também podcasts e catálogos impressos, por exemplo.

O Edital Chico de Assis foi desenvolvido pela Fundação Cultural de Lages para atender ao inciso III da Lei Aldir Blanc. Os recursos foram divididos entre as sete áreas de artes e cultura compreendidas pelo Conselho Municipal de Políticas Culturais (CMPC): Blocos e Escolas de Samba; Tradicionalistas, Nativistas e Centros de Tradição Gaúcha; Teatro, Contação de Histórias e Danças; Música; Movimentos Étnicos e Artesanato; Literatura, Memória e Patrimônio, e Artes Visuais e Audiovisual.


Oportunidade para todos

Segundo o superintendente da FCL, Giba Ronconi, desde o início do processo de implementação da Lei Aldir Blanc em Lages, a proposta era oportunizar que todos os agentes culturais da cidade pudessem participar. "Percebemos que atingimos boa parte dos objetivos quando notamos que os projetos não estão só exaltando a nossa cultura em todas as partes, mas que também a economia criativa da cidade está em atividade, e que profissionais das artes estão conseguindo realizar seus trabalhos", comenta.

Projetos unem diversas manifestações, movimentam a economia e promovem inclusão

Premiado no Edital Chico de Assis, na setorial de Teatro, Contação de Histórias e Danças, o projeto "Ressignificando a Canção", da professora de danças, Karen Kriss, tem a proposta de homenagear as Sapecadas da Serra Catarinense através da dança. "Nossa proposta não é só oferecer uma homenagem ao Festival. Através do nosso projeto unimos duas manifestações lindas da arte, a música e a dança, e damos um novo significado a elas", observa.

A inclusão também está presente nas execuções de projetos da Lei Aldir Blanc pelo Edital Chico de Assis. O Coletivo Bapho, que integra a Rede Casa de Gente, foi premiado na setorial de Artes Visuais e Audiovisual com a websérie "Qual é o teu Bapho?". "O audiovisual apresenta histórias de pessoas LGBTQIA+, propondo um diálogo sobre a realidade desta população em nossa cidade", justifica o proponente do projeto e integrante da Rede Casa de Gente, Diego Neto.

O Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Planalto Lageano apresentou o projeto "Dançando Nossa Terra" pela setorial Tradicionalistas, Nativistas e CTGs. A ideia principal da ação é mostrar as danças tradicionalistas com os monumentos históricos de Lages como cenários.

Para o prefeito Antonio Ceron, a Lei Aldir Blanc está atingindo mais que o objetivo principal, que é auxiliar o fazedor de artes e cultura que foi prejudicado na pandemia. "O que estamos percebendo é uma união de artistas em suas produções. Muita colaboração está ocorrendo e os recursos estão circulando entre esses profissionais. Também estamos notando um resgate da nossa história com projetos que irão ficar pra sempre em nossas memórias", argumenta.

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