Com reflexões sobre os direitos dos animais e metáforas sobre feminismo, capitalismo e campos de concentração, o primeiro “A Fuga das Galinhas’’, de 2000, foi um sucesso tão grande que gerou até uma campanha popular para que a animação fosse indicada ao Oscar de Melhor Filme.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, porém, acabou deixando a animação de fora da premiação, e recebeu críticas do público pela decisão.
Mas, devido a essa pressão popular, o Oscar passou a incluir, a partir do ano seguinte, a categoria de ‘’Melhor Filme de Animação’’ – que também foi adotada por outras premiações de Cinema.
Por mais que boa parte dos votantes dessas premiações continue com um pensamento retrógrado até os dias de hoje (o que é ilustrado pelo fato de que apenas três animações chegaram a concorrer na categoria de ‘’Melhor Filme’’, no Oscar, e nenhuma venceu o prêmio), é válido dizer que, pelo menos dentro da sociedade, “A Fuga das Galinhas’’ ajudou a promover uma reflexão a respeito do quanto filmes feitos através de animações são uma forma de cinema tão digna quanto os feitos em live-action.
E agora, 23 anos depois, este divisor de águas dos filmes de animação ganhou, finalmente, uma sequência: “A Fuga das Galinhas 2: A Ameaça dos Nuggets’’ estreou nesta quarta-feira (13), diretamente no catálogo da Netflix.
Neste segundo filme, o casal Ginger e Rocky vive em paz em uma pacífica ilha longe dos humanos que os aprisionavam.
Porém, eles têm o descanso interrompido quando a filha pequena deles, Molly, é raptada e vai parar na nova granja da Sra. Tweedy (vilã do primeiro filme) – que, agora, se especializou em nuggets e investiu em um esquema de segurança de alta tecnologia.
Assim, as galinhas são obrigadas a invadir a aparentemente impenetrável granja, em uma missão de resgate.
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