Freitinhas será o próximo presidente da Câmara

A Câmara de Vereadores de Lages deverá realizar até dia 15 de dezembro, pouco mais de um mês, a eleição para escolha do novo presidente da Casa para o biênio 2023 e 2024.  Havia um acordo firmado no início desta legislatura, de que o primeiro a assumir a presidência seria Gerson dos Santos (PSD) e caberia ao PP o segundo ano da gestão. Isso aconteceu quando Gerson renunciou para que Jean Felipe assumisse. Pelo acordo, agora seria a vez do MDB indicar o presidente. O partido tem um único representante na casa: Aldori Freitinhas. Lembramos que o MDB faz parte dos partidos de base do governo Ceron. Sabemos que não é o presidente da Câmara dos sonhos do prefeito Ceron. Ele preferiria que se sentasse nesta cadeira o líder do governo: Agnelo Miranda. Mas para os demais membros da base deverá seguir o acordo: Freitinhas assume agora e a legislatura fecha com o vereador Heron de Souza (PSD) na presidência, em seu último ano. Após as eleições, o vereador Ozair Coelho (PSD), o Polaco, reassumiu sua cadeira com a proposta de brigar pela presidência e dizia que não desistiria disso sobre nenhuma hipótese. Os motivos: disputou uma eleição em que não teve apoio do vereador Freitinhas, como este havia prometido, e seus mais de 9 mil votos o credenciam a brigar por este posto. “Nós tínhamos um monte de compromissos, mas ninguém cumpriu com eles. Se não cumpriram comigo, porque eu vou cumprir com eles agora”, argumentou. Sua resistência durou apenas o tempo de o prefeito convocar uma reunião para afinar os discursos e diretrizes. Não deu outra, na noite de terça-feira, os cinco vereadores do PSD – Heron Souza, Agnelo Miranda, Gerson dos Santos, Polaco e Ênio do Vime posaram para a foto para dizer que estão “juntos e unidos para os próximos desafios”. Portanto, não haverá surpresas. Freitinhas vai disputar a presidência da Câmara contra o candidato da oposição Bruno Hartmann (Podemos). Tecnicamente, era para dar empate já que ambos teriam oito votos cada, mas voto para eleger seu adversário virá de sua própria trincheira: Tio Zé sempre votou com a situação e deverá repetir agora. Mesmo que Tio Zé votasse em Bruno, o mais velho se elegeria, neste caso, o Freitinhas.

Os cinco vereadores do PSD juraram compromisso de estarem unidos para o próximo desafio

“Fizemos uma boa campanha, apesar de muito longa, cerca de 30 dias. E pela minha voz, vocês podem ver que o trabalho foi intenso. Apesar disso, foi uma campanha muito boa. Está tudo encaminhado. Dediquei a minha vida a isso: ser governador é o projeto da minha vida. Visitei o estado todo, conheço os 295 municípios de Santa Catarina.”

Governador eleito Jorginho Mello (PL) ao comentar a eleição

Governador afinado com o parlamento

O governador eleito, Jorginho Mello (PL), tem ampla experiência política. Além de vereador, cargo no qual começou a carreira, e senador, função que ocupa atualmente, Jorginho foi deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa e deputado federal. Especificamente, quanto à Assembleia, afirma que conhece “quase 100%” dos deputados eleitos e que pretende estabelecer uma “conversa franca” com os parlamentares. Esta é a 11ª disputa eleitoral desde o retorno das eleições diretas para governador, em 1982. O processo de redemocratização do país completa 40 anos em 2022.

Jorginho Mello foi escolhido para governar SC na 11ª disputa eleitoral desde a redemocratização

Calçadas

O secretário do Planejamento, Gabriel Córdova, está empenhado agora na recuperação dos passeios, especialmente na área central da cidade.  Não era sem tempo! As condições das calçadas são precárias e até hoje os administradores não resolveram essa situação. Gabriel promete que os proprietários dos imóveis que não recuperarem suas calçadas serão multados. E a multa será pesada! Cerca de R$ 400,00 por metro quadrado.

Só em dezembro

O governador eleito, Jorginho Mello, diz que só falará sobre secretariado em dezembro. Pelo que se conhece de Jorginho ele deverá honrar os compromissos firmados com os municípios e se aposta que dará continuidade ao Plano 1000. Esperamos que, de fato, isso aconteça.

Mais Lulista

O bairro mais lulista no Estado de SC é o Assentamento Hermínio Gonçalves dos Santos, no município de Caçador, no Meio Oeste, que deu 88,7%, dos 239 votos válidos para Lula, 10,9% para Bolsonaro e outros 0,4% para Ciro Gomes (no primeiro turno das eleições). O assentamento 30 de Outubro, de Campos Novos, também no Meio Oeste, aparece como o segundo bairro catarinense com maior percentual de votos pró-Lula no primeiro turno, empatado com uma área indígena de Ipuaçu, no Oeste, e a localidade Rincão dos Muniz, em São José do Cerrito, onde o primeiro turno das eleições deu vitória estrondosa para Luiz Inácio Lula da Silva, que levou 88,6% dos votos válidos.

Maior votação

Benedito Novo, no Vale do Itajaí, foi a cidade catarinense que deu a maior votação ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no 1º turno: 78,41% dos votos. Dos 6.811 eleitores que compareceram às urnas, 5.129 escolheram Bolsonaro, enquanto 1.009 optaram por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que representou 15,43%. No segundo turno, Bolsonaro obteve 83,72% dos votos, contra 16,28% do Lula.

Três viradas

Desde o surgimento das eleições em dois turnos para governador, em 1990, SC assistiu a quatro eleições que foram decididas neste formato. Em três delas houve virada dos candidatos que saíram atrás na primeira votação. A vitória de Paulo Afonso Vieira sobre Ângela Amin, em 1994, e a de LHS sobre Amin, em 2002, foram dois casos de "virada" no segundo turno em SC. O caso mais recente foi o de Carlos Moisés, em 2018. Ele ficou em segundo lugar no primeiro turno, mas venceu o rival Gelson Merísio na segunda volta e se tornou governador. O único caso de candidato que conseguiu manter a vantagem nas duas votações foi Luiz Henrique, em 2006.

Contratações

“O município de Ponte Alta passou a nomear pessoas para cargos comissionados, mas que exercem funções típicas de servidores efetivos, burlando o princípio da impessoalidade e do concurso público, salientou a Promotora de Justiça Mariana Mocelin, ao determinar que o mesmo pare de contratar ou conceder licenças de forma irregular. Só neste ano, a Promotoria de Justiça da Comarca de Correia Pinto já instaurou cinco inquéritos civis para apurar desvios de função na administração pública, e todos foram comprovados. Além disso, “o prefeito Edson Wolinger (Republicanos) vem praticando deliberadamente a concessão de licenças sem vencimento para servidores efetivos e contratando pessoas em caráter temporário para o exercício das mesmas funções, numa clara afronta à ilegalidade e ao interesse público”, conclui. O prefeito também terá que promover o retorno de todos os servidores que se encontram em desvio de função para as atividades para as quais foram nomeados.