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Política

Olivete Salmória

Denúncia lida em plenário

Recentemente, aconteceu um episódio na Câmara de Vereadores que chamou minha atenção. Foi lida, na pauta da sessão do Legislativo, no final do mês passado, uma carta escrita por um ex-assessor do vereador Leandro do Amendoim (PL), acusando-o, entre outras coisas, de praticar 'rachadinha'. Esse assessor foi demitido e agora aponta inúmeras questões que depõem contra o vereador.

Dentre as queixas do ex-assessor estaria a exigência do uso de terno durante as sessões. O que chega a ser absurda, visto que é uma norma comum para quem está escalado para ajudar no plenário. Esta carta foi endereçada ao presidente da Casa (ou a mesa diretora).

O presidente então determinou que fosse incluída na pauta do dia e lida em sessão. E foi o que aconteceu! Não sei o que levou o presidente Jean Felipe a fazer isso, uma vez que não é esse o caminho escolhido para denúncias desta natureza. E nem que seria a atitude correta.

Se há denúncia de 'rachadinha' – que se institui em crime previsto na legislação eleitoral - esse assessor teria de levar o caso à Promotoria e não ao presidente da Casa. Fazendo isso, cheira muito mais à fofoca política e vingança pessoal do que realmente uma ação de moralidade.

Por outro lado, a determinação do presidente para a leitura em plenário se deu unicamente para, como disse alguém, “fazê-lo sangrar em plenário”. Se não fosse isso, o presidente teria orientado o mesmo a levar a denúncia ao Ministério Público, a quem cabe investigar e fazer o encaminhamento jurídico que o caso requer. Assim, lendo a carta em plenário, a Câmara está fazendo também o papel de juiz, sem sequer investigar o caso.

Não estou defendendo o vereador. Realmente, é preciso investigar o caso para saber se, de fato, praticou 'rachadinha' - que é crime, volto a dizer - ou não é apenas uma ação vingativa do assessor que perdeu o emprego e resolveu expor o vereador à execração pública.

Não foi essa, por exemplo, a atitude quando da denúncia de outro vereador pela mesma prática, recentemente. Esse foi levado diretamente ao Ministério Público, que já está investigando o caso.

 

“Estou com mais força e energia para continuar o trabalho. O reconhecimento desta jornada do cientista político me legitimou e me potencializou em continuar fazendo o meu melhor, para que as pessoas continuem tendo orgulho do nosso trabalho, seja na proteção animal; com os parques, as quadras de esporte e o apoio aos hospitais e Apaes.”

Deputado estadual reeleito, Marcius Machado (PL), ao agradecer os 39.749 votos recebidos

 

Moisés vai cumprir os compromissos com Lages, diz Lucas

O deputado eleito pelo Podemos e ex-assessor do governo, Lucas Neves, esteve com o governador Carlos Moisés para tratar de seu retorno ao cargo, do qual se desincompatibilizou para concorrer à Assembleia. Significa dizer que está sendo renomeado assessor do governo, para voltar a fazer este trabalho pelos próximos quase três meses, até o final do ano, quando, então, deverá ser exonerado, já que é um cargo comissionado e, em janeiro, teremos outro governo, e ele assume na Assembleia. Ainda nesta semana, ele esteve com o prefeito Antonio Ceron, a quem foi levar o resultado da conversa que teve com o governador Moisés, que lhe garantiu que manterá os convênios firmados e continuará cumprindo com eles até o final do mandato.

O deputado eleito Lucas Neves foi levar ao prefeito Ceron o resultado da conversa que teve com o governador Moisés

 

Carmen em um eventual governo de Jorginho

É certo que dificilmente Jorginho Mello perde essa eleição, visto que a diferença na votação entre o primeiro e segundo colocado do primeiro turno foi de 21,19%. Vemos também, todos os dias crescer o número de seus apoiadores. Contudo, foi uma vitória do PT ter chegado tão longe nestas eleições, já que nunca antes na história política deste estado tivemos um candidato do PT disputando o segundo turno. Mas, contando como certa a vitória de Jorginho, já tem gente montando seu secretariado, apontando Carmen como uma possível secretária da Saúde. Sabendo do histórico de ambos, não é difícil fazer essa previsão. Na realidade, é a única serrana com chances de compor seu governo. Se Carmen realmente aceitar – e acho que ela aceita, pois aceitou até ficar alguns meses no governo Daniela – a nova ala do Tereza Ramos finalmente será ativada em 100%.

Carmen e Jorginho estiveram muito próximos nas ações em Brasília nestes últimos anos

 

Vota no PL

No primeiro turno das eleições, o deputado estadual eleito Lucas Neves (Podemos) apoiou Carlos Moisés que tentava a reeleição pelo Republicanos. Inclusive foi e é assessor especial do governo Moisés na Serra, mas agora, no 2º turno, Lucas diz que repetirá seu voto em Jair Bolsonaro (PL) para Presidente da República e em Jorginho Mello (PL) para o governo de SC.

 

Suplentes

O candidato a deputado estadual pelo PTB, Jonata Mendes, ficou na segunda suplência e Toni Duarte, que concorreu ao mesmo cargo pelo PDT, ficou na terceira suplência na Assembleia Legislativa. Nenhum dos dois têm possibilidade de assumir, visto que o PTB de Jonata estava alinhando ao candidato Esperidião Amin e o PDT, de Toni, tinha candidato próprio ao governo: Jorge Boeira

 

Articulações

Integrantes do PT, PV, PSOL, PDT, PCdoB, e PSB reuniram-se com Luciano Boico e Alexandre Fossati, da coordenação estadual da Campanha Décio Governador e Lula Presidente, para planejar estratégias, ações e mobilização da campanha no segundo turno em Lages. “Agora é hora de conversarmos com as pessoas que não estiveram conosco no primeiro turno, e assim ampliarmos nossa articulação e votação”, destacou Luciano. A campanha da esperança em Lages está organizando reuniões em busca de apoio e, a partir desta semana, inicia a distribuição de materiais Lula presidente e Décio Governador.

 

Maiores votações

As vitórias das eleições ao governo de SC com as maiores vantagens ocorreram com 20 anos de diferença em SC. Em 1998, Amin venceu com a maior diferença em uma disputa resolvida em primeiro turno: 58,92% dos votos, segundo dados da Justiça Eleitoral. Em 2018, impulsionado pela onda Bolsonaro, o candidato, então chamado de Comandante Moisés, venceu Gelson Merísio no segundo turno alcançando 71,09% dos votos válidos. Já a menor votação proporcional entre todos os candidatos ocorreu em 2006, com o candidato César Alvarenga.


Os 50 agentes

Hoje são 40 agentes de trânsito em Lages para atender a uma cidade que conta com 130 mil veículos circulando. O número é pequeno, mas no próximo concurso público, previsto para o ano que vem, a prefeitura pretende preencher as 10 vagas restantes. Quando a função foi criada, eram previstas 50 vagas. Quando do primeiro concurso foram contratados 50, mas alguns acabaram desistindo.

 

 

 

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