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Carla Reche

Novos ares

A terapeuta de medicina tradicional chinesa e jornalista, Andréia Waltrick Muniz, está de malas prontas. Ela e o marido, João Miguel Rodrigues Neto (que é militar), vão trocar Lages por Brasília. Mudar de cidade já estava nos planos do casal há um bom tempo e se concretizou agora com a vaga aberta na capital federal. Andréia até já passou o ponto do Café Dona Benta (localizado no Fórum Nereu Ramos), o qual administrava. Além de continuar com seus estudos dentro da medicina alternativa, Andreia pretende montar um espaço terapêutico - a exemplo do que tem em Lages - e também realizar trabalho voluntário como acupunturista em um hospital que propõe esse tipo de atendimento. Criar asas nos faz bem. Assim como tem pessoas que deixam de realizar sonhos porque se assustam com o novo. Isso não aconteceu com o casal, que não dispensou a oportunidade. Aliás, a vontade mesmo de Andreia e Miguel é morar no Nordeste. Já deram o primeiro passo.


De malas prontas, Andreia e Miguel trocam Lages por Brasília


Sensação

Então, o Café Central aberto, recentemente, no calçadão da Praça João Costa ficou com um ar daqueles pubs londrinos. Naquele país, devido a pandemia (por lá bem controlada por sinal), os pubs aumentaram o atendimento com mesas e cadeiras ao ar livre. E londrinos já degustam dos espaços sem a necessidade do uso de máscaras (antes que alguém pergunte, não, não estou em Londres. Acompanho a evolução do combate a Covid nos veículos disponíveis de comunicação. Leio, escuto e vejo). Confesso que estou doidinha para me sentar em uma das cadeiras do café lageano, e apreciar as delícias que têm por lá, sem pressa alguma e sem medo de quem estiver sentado ao meu lado. Que seja breve!


Tão simples, tão prático, tão bonito

E este assunto vai estar também na minha coluna da revista Visão deste mês, mas como o assunto é bem bacana, replico aqui. . Em algumas quadras do Bairro Guarujá, onde não existem construções, foi posto em prática o projeto "por minha rua mais linda". Iniciativa é da executiva da área de comunicação, Áurea Pereira, que reside naquele bairro. Trecho das ruas Bento Antunes Joaquim, José Lopes, Valentim da Silva Muniz, Emilio Jacinto Ferreira e Vera Cruz, que tempos atrás eram depósitos de lixo, estão irreconhecíveis. No lugar surgiram flores, árvores frutíferas e plantas/ ervas para chás. Moradores que toparam a parada junto com a Áurea realizaram uma faxina geral: capinaram, podaram, abriram valas, fizeram compostagem, dentre outros serviços. Empresários locais também contribuíram com doações de placas de conscientização e auxiliaram no recolhimento do lixo. Áurea sempre foi determinada e atuante. Se tem alguém que precisa de ajuda lá está ela pronta para apoiar. Divertida e de bem com a vida, sente prazer em estender a mão e sem olhar a quem. Moradores do Guarujá que o digam. Então, vasculhando as redes sociais, me deparo com este projeto maravilhoso, criado por esta menina não tão menos maravilhosa e que merece sim nossos aplausos.


Aurea Pereira é a idealizadora do "Por Minha Rua Mais Bonita".

Vale a pena passar pelas ruas citadas e conhecer bem de pertinho o projeto


Ditadura em Lages 1

E amanhã (18/4), no calcoletivo.com.br, às 19h, tem a estreia do longa metragem Geada de Chumbo, memórias da ditadura militar em Lages. Documentário faz parte da programação da VI Mostra Curta de Lages, que inicia hoje e vai até domingo. Interessante conhecer este lado da história que até então nos passou despercebido. O longa é dirigido por uma galera jovem e que se dedicou por mais de um ano na busca de documentos e entrevistas com pessoas que deram embasamento ao trabalho. Suzane Faita, uma das diretoras, além de jornalista, tem licenciatura em história e desde 2015 se dedicou à pesquisa sobre a ditadura militar. Seu artigo de conclusão de curso, por sinal, foi sobre ditadura nos jornais. Já Jary Carneiro Jr. (fotógrafo) e Armin Reichert (cineasta) são sócios na produtora Coração Delator e têm grande experiência na área cinematográfica, inclusive com trabalho já premiado. Os três fazem parte do Coletivo Audiovisual de Lages (CAL) que é quem organiza a Mostra Curta Lages.


Ditadura em Lages 2

 Geada de Chumbo, memórias da ditadura militar em Lages, é o primeiro documentário da produtora Coração Delator e que foi executado graças a Lei Aldir Blanc, através do edital Chico de Assis. Sem querer dar muito spoiler, Suzane adiantou que um dos entrevistados do longa é Antônio Munarim. O professor universitário aposentado e escritor foi líder estudantil em Lages e integrou a equipe do então prefeito Dirceu Carneiro. As cenas da entrevista com Munarim foram feitas no subsolo do colégio Santa Rosa. O trio tem muita coisa para mostrar e a gente para aprender. Dia 17 (sábado), às 19h, então, tem Geada de Chumbo no calcoletivo.com.br. Após a exibição acontece um bate papo com a turma envolvida.


Meninada responsável pelo longa Geada de Chumbo, memórias da ditadura

militar em Lages, com um dos entrevistados do documentário o professor Antônio Munarim


Curtas

*Enquanto o litro da gasolina em Florianópolis e região está baixando (custando hoje R$ 4,749), em Lages não se vê posto algum se mexendo, mesmo após a Petrobrás ter reduzido o preço do combustível nas refinarias no final de março. E o que estou falando está muito bem registrado aqui: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/03/24/petrobras-anuncia-reducao-nos-precos-da-gasolina-e-do-diesel.ghtml

*Por isso que sou favorável a mudar nossos hábitos de locomoção: transporte coletivo, bicicleta, andar mais ou até mesmo a cavalo, porque do jeito que querem encher os bolsos sem olhar a real situação do país, fica difícil, viu...

*O preço do gás de cozinha também anda nas nuvens e a busca de alternativas tem sido constante. No Jardim Ibirapuera, em São Paulo, por exemplo, uma líder comunitária construiu um fogão à lenha em uma área pública, para que moradores impossibilitados de pagar pelo gás possam cozinhar seus alimentos. É pra acabar.

*Comentário de uma senhora para outram enquanto aguardavam elevador em um prédio local (onde também me encontrava) a respeito do novo Código de Trânsito: - Com esse seu tamanho aí vai ter que andar no banco de trás e ainda sentada num banco de elevação. A mulher em questão deveria ter menos de 1,45 m, altura máxima exigida para não haver necessidade de usar o acessório (para crianças, é claro).


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