Em quase cinco anos de existência, a Acolhida já realizou cerca de 2,5 milhões de atendimentos na fronteira com a Venezuela

O Comando Militar do Sul começou a enviar, nesta semana, para a fronteira com a Venezuela, os militares que irão compor o 15º Contingente da Força Tarefa Logística Humanitária Operação Acolhida. 
Os 100 primeiros, de um total de 357, viajaram em um avião da Força Aérea e já estão no Extremo-Norte do Brasil. Os demais embarcarão de maneira escalonada até o próximo dia 15, quando todos deverão estar em condições de iniciar os trabalhos. 
Selecionada e treinada pela 5ª Divisão de Exército, com sede em Curitiba, a tropa é composta por militares de quartéis de Santa Catarina (cerca de 60% do efetivo), Paraná (25%) e Rio Grande do Sul (15%). Incluindo pessoal de outras regiões do País e das demais Forças Armadas, o novo contingente terá um total de 565 militares. A maioria ficará em Boa Vista, capital de Roraima. Outra parcela trabalhará em Pacaraima, também em Roraima, na fronteira terrestre com a Venezuela. E um grupo menor atuará em Manaus, no Amazonas. Todos começam, oficialmente, no dia 15 e permanecerão longe de casa por cinco meses, até maio de 2023.
Criada em 2018 como resposta ao fluxo de refugiados e migrantes venezuelanos no Norte do Brasil, principalmente no Estado de Roraima, a Operação Acolhida é liderada pelo Governo Federal e envolve Forças Armadas, órgãos públicos federais, estaduais e municipais, organizações da sociedade civil e agências das Nações Unidas. 
Em quase cinco anos de existência, a Acolhida já realizou cerca de 2,5 milhões de atendimentos na fronteira com a Venezuela. Mais de 80 mil migrantes e refugiados foram interiorizados para diversas cidades brasileiras, onde buscam reconstruir a vida com emprego e moradia. A Operação Acolhida é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das maiores missões humanitárias em andamento em todo o mundo.