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Empresários reivindicam conclusão da SC-390, na região da Coxilha Rica

  • Sheila Rosa/Acil

Pavimentação da rodovia e implantação de PCHs são apostas para o desenvolvimento da Serra Catarinense

A continuidade da pavimentação da SC-390, entre Bodegão (Coxilha Rica – Lages) e Arvoredo (São Joaquim), e o potencial de geração de energia por Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) foram os principais temas discutidos em reunião promovida pela Associação Empresarial de Lages – Acil, com o secretário de Indústria, Comércio e Serviços de Santa Catarina, Sílvio Dreveck.

O encontro, que contou com o apoio do Sindimadeira e do Sindicato Rural, destacou os avanços já conquistados e reforçou a importância desses projetos para alavancar a economia, o turismo e a infraestrutura da Serra Catarinense.

A obra na SC-390 é apontada como estratégica para a integração regional e o escoamento da produção agrícola, além de impulsionar o turismo e atrair investimentos.

“O trecho já asfaltado gerou resultados como a instalação da empresa Topigs Norsvin, com investimento de R$ 60 milhões; o crescimento da Cooperplan e da Copercampos, que registraram aumento no faturamento de R$ 25 milhões e R$ 45 milhões, respectivamente; e a construção do Hotel Fazenda Cerro Azul, que recebeu investimento de R$ 18 milhões”, disse o vice-presidente da Acil, Anderson Souza.

Segundo os empresários, a continuidade da pavimentação, em um trecho de aproximadamente 58 quilômetros, trará benefícios como a redução de 100 km no trajeto de transporte da maçã de São Joaquim até Vacaria (RS), por exemplo, além da diminuição do tráfego na SC-114. A melhoria do escoamento agrícola, a ampliação da área cultivável e a atração de novos investidores são apontados como efeitos esperados com a obra.

O turismo também foi destacado como vetor de desenvolvimento, especialmente na região da Coxilha Rica, onde o Caminho das Tropas, as cavalgadas, roteiros de 4x4, trilhas e hospedagens rurais têm atraído cada vez mais visitantes em busca de experiências autênticas. O fortalecimento desse setor pode beneficiar diretamente pequenas propriedades e valorizar o patrimônio histórico-cultural da região.

Mais de 50 PCHs projetadas na Coxilha Rica

Outro tema do encontro foi o potencial energético da Serra. Atualmente, apenas cinco PCHs operam na região, com capacidade de 27 MW. No entanto, estudos apontam a viabilidade para a implantação de 53 usinas, que poderiam gerar até 641 MW, o equivalente a 320 MWh de energia. Esses projetos representam um investimento estimado de R$7 bilhões e a geração de cerca de 500 empregos por usina.

As usinas projetadas estão distribuídas entre os rios Pelotas, Lava Tudo, Pelotinhas, Vacas Gordas e Caveiras. E empresas como Berneck, Klabin, Copercampos, Cooperplan, Creral, Guararapes, Sanjo e Schio devem ser diretamente impactadas com os novos empreendimentos energéticos, fortalecendo a cadeia produtiva regional.

Os empresários reforçaram ao secretário Sílvio Dreveck que tanto a pavimentação quanto a implantação das PCHs dependem de planejamento técnico e projetos executivos para garantir acesso a fontes de financiamento. “Sem projeto, não sai. Esse é o ponto. É preciso investir na fase de engenharia e licenciamento para destravar essas obras”, enfatizaram.

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