Até outubro, Lages acumula 2.093 novas vagas de emprego
-
Cláudia Pavão
O Brasil Atacadista inaugurou sua unidade, ontem, em Lages, empreendimento que gerou 250 vagas de emprego, entre diretos e indiretos, e simboliza bem a boa fase que a economia do município atravessa. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de janeiro a outubro Lages criou 2.093 novas vagas de emprego, o melhor resultado da década.
Segundo a secretaria de Desenvolvimento Econômico, neste ano foram abertas cerca de 1.700 empresas no município, a maioria de pequeno porte, mas que contribuíram para o resultado positivo. "Na terça-feira fui convidado para duas inaugurações no Lages Garden Shopping, da 10 Pastéis e Supremo Café. São nove empregos diretos, sem contar os dos proprietários," exemplifica o secretário Álvaro Mondadori.
A expectativa é que novas vagas sejam geradas também este mês, em função das contratações para o Natal e Fim de Ano. Em outubro, deduzindo-se as demissões das contratações foram 301 novas vagas. Santa Catarina registrou 17.713 vagas naquele mês e o Brasil 253.083.
Desemprego em queda
Com um total de 187.147 novas vagas abertas entre janeiro e outubro deste ano, Santa Catarina ficou em terceira posição de criação de vagas formais no acumulado do ano, se comparado a outros estados, ficando atrás de São Paulo e Minas Gerais.
Nosso estado também é o que detém a menor taxa de desemprego do País, 5,8%. A taxa dos três estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) é de 7,5% e a do Brasil é de 12,6%
Outro ponto que diferencia Santa Catarina é a taxa de formalização do mercado de trabalho. Há anos, o estado mantém o maior percentual de trabalhadores do setor privado com carteira assinada. No segundo semestre, 90% dos trabalhadores estavam registrados, contra uma média nacional de 75%.
O IBGE não divulgou o índice de desemprego dos municípios.
Conta própria
No Brasil, o contingente de trabalhadores por conta própria (3,3%) também cresceu. As 25,5 milhões de pessoas nessa categoria representam o maior número desde o início da série histórica da pesquisa. Aí estão incluídos os trabalhadores que não têm CNPJ, que cresceram 1,9% ante o último trimestre. Com isso, a taxa de informalidade chegou a 40,6% da população. São 38 milhões de trabalhadores nessa situação.
Conforme a pesquisa, o crescimento na ocupação também está relacionado principalmente às atividades de comércio (7,5%), que equivale a mais 1,2 milhão de trabalhadores; indústria (6,3%), 721 mil pessoas a mais; construção (7,3%) com 486 mil pessoas a mais; e serviços domésticos (8,9%), com adição de 444 mil pessoas.
O que é desemprego
O desemprego, de forma simplificada, se refere às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um emprego.
Veja alguns exemplos de pessoas que, embora não possuam um emprego, não podem ser consideradas desempregadas:
um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos
uma dona de casa que não trabalha fora
uma empreendedora que possui seu próprio negócio
Deixe seu comentário