Motonáutica arrasta multidão para o lago da Marina em Abdon Batista |
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ires Mariga / Epagri / Divulgação
Mesmo seguindo as regras de isolamento, parlamentares produziram mais neste ano
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), dois processos de impeachment e uma pandemia que forçou a redução significativa de atividades presenciais. Em 186 anos de existência, nunca a Assembleia Legislativa de Santa Catarina viveu um período tão atípico e desafiador. Apesar disso, nos três primeiros trimestres a produção dos 40 deputados estaduais já é maior do que a realizada durante todos os doze meses de 2019.
E isso aconteceu mesmo diante das necessárias restrições impostas pelo isolamento social, incluindo os dois primeiros meses da pandemia, quando as atividades presenciais foram suspensas em respeito às determinações das autoridades sanitárias do Estado. Os trabalhos legislativos, no entanto, só foram interrompidos por uma semana para que o sistema de deliberação digital fosse testado e implantado.
Isso assegurou que as sessões nas comissões permanentes e no Plenário continuassem acontecendo com segurança e qualidade. Essa estratégia foi mantida após a retomada de parte das ações presenciais, em 5 de maio, oferecendo autonomia para os integrantes do Parlamento catarinense que permanecem em sistema de home office e aos que vêm atuando sob as diretrizes de distanciamento em todas as dependências da Alesc.
Nesta nova realidade, os parlamentares adaptaram-se rapidamente e as reuniões deliberativas estão em pleno andamento. O resultado é um total de 795 matérias analisadas, incluindo Projetos de Lei, de Lei Complementar, de Resolução, de Decreto Legislativo, Propostas de Emendas à Constituição (PEC), Medidas Provisórias e Mensagens de Veto, sendo que no ano anterior o total foi de 756.
Até o momento, tramitam na Alesc 302 projetos de lei protocolados pelos deputados estaduais em 2020, além de outros 358 de anos anteriores, resultando em 660 matérias, contra 552 de 2019.
Executivo reduziu número de projetos
De origem do Poder Executivo são 34 proposições em 2020, enquanto no ano passado foram 81, uma queda de aproximadamente 58%. Se compararmos ao ano de 2017, por exemplo, a redução no número de projetos enviados pelo Executivo foi mais significativa ainda, na casa dos 75%. Naquele ano, o governo do Estado enviou ao Parlamento 124 projetos, que somados aos 14 oriundos de anos anteriores resultou em 138 PLs avaliados e discutidos pelos parlamentares.
Em 2020, houve crescimento ainda nos Projetos de Resolução (de 14 para 20), nos Projetos de Decreto Legislativo (de um para nove) e nas Medidas Provisórias (subindo de uma para três).
Santa Catarina investirá R$ 2,3 milhões
em regularização fundiária
A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural irá investir R$ 2,3 milhões no apoio à regularização de imóveis rurais nos municípios de Biguaçu, Siderópolis, Nova Itaberaba, Schroeder, Cunhataí, Chapadão do Lajeado, Guaramirim, Ibicaré, Rio Negrinho e Painel. A intenção é atender cerca de 9.500 famílias rurais que não possuem a documentação da propriedade.
Os recursos serão destinados ao Programa Terra Legal, que fornece documentação necessária para que os produtores regularizem seus imóveis rurais. As ações são voltadas para os pequenos proprietários ou posseiros que não possuem registro de imóveis e, por isso, vivem em insegurança jurídica e sem ter acesso ao crédito rural.
"Esse é um Programa muito importante para Santa Catarina. Já estamos apoiando a regularização e legalização de mais de 11 mil propriedades rurais em todo o Estado e, com esse novo aporte de recursos, iremos ampliar as ações e atender mais 9.500 famílias até o início do próximo ano. Com o Terra Legal, os produtores rurais têm acesso à documentação necessária para legalizar as suas propriedades, têm acesso a crédito e mais segurança jurídica para seguir produzindo e investindo no meio rural", ressalta o secretário da Agricultura, Ricardo de Gouvêa.
Os agricultores beneficiados receberão uma pasta contendo a imagem planialtimétrica da propriedade, planta topográfica, certificação no SIGEF/INCRA e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) dos serviços realizados. De posse dos documentos, o produtor poderá contratar uma assessoria jurídica para a conclusão da regularização.
O que já foi feito
De janeiro de 2019 a setembro de 2020, o Governo do Estado investiu mais de R$ 2,9 milhões para regularização de 11.846 imóveis rurais em todo o Estado.
O diretor de Políticas da Agricultura Familiar e da Pesca, Hilário Gottselig, explica que em Santa Catarina são cerca de 93 mil propriedades rurais de posses e partilhas não regularizadas, além de aproximadamente 350 mil propriedades de agricultura familiar que não possuem o georreferenciamento e que precisam fazê-lo até 2025 para atender a legislação federal.
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